Por: Sônia Paes

Poluição gerada pela CSN é destaque em rede nacional

Poeira gerada pela CSN é vista de longe e população sofre com problemas de saúde | Foto: Divulgação

A poluição gerada pela multinacional CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), em Volta Redonda, e o depósito de escória, no bairro Brasilândia, voltaram a ser destaque, neste domingo, dia 07, com a divulgação de uma reportagem na Record.

O depósito de escória da CSN, a apenas 50 metros do Rio Paraíba do Sul, e a possibilidade de um desastre ambiental, chegou a ser comparado pela TV a grandes tragédias ocorridas no país, como a de Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais.

O problema voltou à tona agora no início de janeiro, ano em que vence o TAC (Termo de Ajustamento e Conduta), assinado entre a CSN e o MPF (Ministério Público Federal). O acordo, assinado em 2018, vence em agosto e prevê investimentos da ordem de R$ 303 milhões para a empresa se adequar aos controles ambientais.

"Montanha" de escória

A escória, que forma praticamente uma montanha e pode ser vista de vários bairros e da Rodovia Lúcio Meira (BR-393), são as sobras da produção de aço dos altos-fornos e da aciaria da Usina Presidente Vargas. Essas sobras podem ser usadas na fabricação de cimento, pavimentação de ruas e apoio de vias férreas. A gestão do material está a cargo da multinacional Harsco Metals, contratada pela CSN.

No ano passado, moradores do município foram às ruas protestar contra a poluição e o descaso da empresa. O ato reuniu centenas de pessoas na Vila Santa Cecília, com cartazes denunciando os males causados pelo pó preto que cobre a cidade, principalmente em dias chuvosos.

Devido às reações, a direção da CSN, uma das maiores siderúrgicas da América Latina, anunciou uma série de medidas emergenciais para conter o problema. Entre elas, a principal é a compra de equipamentos para modernizar a Sinterização 2. As peças, segundo divulgado pela empresa, no ano passado, estão sendo construídas pelo grupo Monto Ambiental, em Sertãozinho, no interior de São Paulo. A previsão é de que a montagem ocorra até agosto, data que encerra o prazo do TAC, que prevê ao todo 35 ações contra a poluição.

As outras medidas divulgadas pela multinacional, no ano passado, incluíam a duplicação do número de máquinas varredeiras nas vias e pátios das sinterizações e áreas adjacentes da Usina Presidente Vargas e a ampliação do contingente de limpeza industrial em 25%.

Também foi prometido pela empresa a duplicação no número de caminhões realizando aspersão nas vias e pátios internos, entre outras medidas, que até os dias atuais não foram sentidas pela população, nem informadas, por parte da empresa, se foram mesmo efetivadas.

 

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