Por: Ana Luiza Rossi

Pais adiantam compra dos materiais escolares em 2024

Pesquisa de preço para compra de material escolar é fundamental, diz economista | Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Após o recesso de fim de ano, mesmo com praticamente um mês a frente para iniciar o ano letivo, pais já buscam iniciar a compra de materiais escolares para os filhos. Isso porque, como os gastos do mês de janeiro são maiores pelas taxas de IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) e IPVA (Imposto sobre a propriedade de veículos automotores) além da alta nas viagens de turismo, as famílias buscam adiantar a compra desses itens para não pesar no orçamento ao fim do mês.

Apesar da rede pública e particular ainda estarem em recesso, as papelarias e lojas de material escolar já possuem demanda. Os produtos mais procurados da época são os de uso básico como cadernos de espiral, brochura, estojo, lápis, lápis de cor e outros itens.

A dona da papelaria Criativa, Paloma Martins, revela que já recebe listas de materiais de pais interessados em antecipar a compra. Sua sócia, Amanda Candioto, explica que a procura deve aumentar no fim do mês. "Já estamos tendo procura de materiais, porém a expectativa é que a partir da segunda quinzena de janeiro o movimento de compra já tenha uma alta", disse.

A enfermeira e mãe, Sabrina de Souza, afirma que já está fazendo orçamentos para a compra dos materiais do filho, de apenas 5 anos. Com os itens mais caros esse ano, afirma que compensa fazer as compras online. "Pesquisei os valores de mochilas e estão pela hora da morte. Lápis de cor estão mais baratos em alguns sites, mas se no ano passado estava caro, esse ano superou", declarou.

Outro fator que é decisivo na hora das compras é o excesso na lista de materiais, que acabam sendo cortados para economizar. "A escola cobra muitas folhas como a cartolina e de sulfite. Eu sempre corto", explicou Sabrina.

Excesso

As instituições escolares são proibidas de solicitar materiais em demasia, produtos de limpeza e higiene da escola, como também objetos para uso administrativo, assegurado pela Lei Federal nº 12.886/2013, vetando a cobrança ou solicitação dos itens que serão de uso coletivo.

Há uma diferença de preços de até 600% entre 157 itens utilizados como material escolar, tanto nos sites quanto lojas físicas, segundo dados do Procon-RJ, que faz a fiscalização direta. Para isso, a economista e professora universitária Sonia Vilela explica que é necessário dedicar tempo para pesquisar itens escolares antes de comprar.

"É muito importante que os pais ou responsáveis, troquem informações sobre preços e produtos que podem ser reutilizados, como livros didáticos ou de literatura, bem como, peças do vestuário e calçados", explica Sonia.

Ainda, ressalta itens que podem ser reutilizados. "Lembrando que as crianças perdem esses itens, às vezes, semestralmente, e podem ser utilizados eficientemente, por outras crianças , por um preço menor, colaborando com a economia, com a sustentabilidade e com o orçamento das famílias".

 

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