Por: Ana Luiza Rossi

Saga da Rua 33 em Volta Redonda continua sem fim

Mangueiras de PVC foram instaladas para passar os cabeamentos elétricos da Rua 33 | Foto: Ana Luiza Rossi/CSF

Desde o dia 8 de janeiro, as obras de revitalização da Rua 33, no bairro Vila Santa Cecília, principal centro comercial de Volta Redonda, acontecem e ainda sem data para finalizar. O quebra-quebra retornou para dar continuidade às instalações de rede elétrica que serão subterrâneas, apesar da expectativa de entrega ter sido para o início de 2024.

Em novembro, para aliviar o comércio no período de festividades de fim de ano, a empresa contratada, Luquip Terraplanagem, pavimentou novamente as vias para facilitar o trânsito. A medida paliativa custou aos cofres públicos pouco mais de R$ 270 mil, com início em 04 de dezembro do ano passado, com duração de 30 dias.

Ainda, para guardar os equipamentos e máquinas utilizadas durante a obra, utilizaram uma das quadras que ocupa parte da Praça Pandiá Calógeras, localizada na transversal da Rua 33 com a Rua 60.

Trechos interditados

Nesta segunda-feira (22), o início na via para quem vai sentido Colégio Pandiá Calógeras, na altura da Rua 16 até a 18-B, estava bloqueado para instalação de mangueiras de PVC para fiação, onde foi feito um desvio para pedestres. Já os motoristas, para acessar a Rua 33, deveriam ir na contramão, já que o trecho foi transformado temporariamente em mão dupla.

Outro acesso bloqueado foi entre as transversais da Rua 50 e 52, próximo a base do Samu. Segundo informações da prefeitura, está sendo construída uma caixa de concreto para instalação do transformador elétrico.

Devido as máquinas, o trânsito em alguns pontos da rua ocasionaram congestionamento. As calçadas, apesar de praticamente prontas, estavam em processo de instalação dos pisos táteis de alerta direcional para deficientes visuais.

Os pontos de ônibus, devido às obras, ainda continuam realocados para a rua 21.

Comissão

A partir de uma reunião entre a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Aciap-VR (Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Volta Redonda) e a prefeitura em setembro do ano passado, foi elaborada uma comissão para acompanhamento das obras com lojistas, sob responsabilidade da Aciap-VR. Também participa da comissão Secretaria Municipal de Infraestrutura e Guarda Municipal de Volta Redonda.

O vereador Jorginho Fuede, que também está à frente da comissão, revelou que a prefeitura disponibiliza as programações semanais das obras. "Os comerciantes ficaram mais satisfeitos, mas ainda estão passando muita dificuldade com a queda nas vendas. Em fevereiro teremos outra reunião", disse.

As expectativas para reunião em fevereiro é para saber, principalmente, sobre o cronograma de finalização da obra. Entre outros itens que serão discutidos, será a reorganização da Guarda Municipal para orientação do trânsito.

O Correio Sul Fluminense entrou em contato com a assessoria da prefeitura para saber se há um prazo para finalizar as obras, mas, até o fechamento desta edição não obteve retorno.

Histórico

A reforma dos principais pontos comerciais e patrimônio histórico da cidade teve início em setembro de 2021, com um investimento de 3,5 milhões. Na época, a licitação era da Irmão Vasconcelos Ltda. Após dois meses, a prefeitura rescindiu o contrato e anunciou uma nova licitação, incluindo melhorias nas redes de água, esgoto e cabeamento subterrâneo. A obra, paralisada por 6 meses, retomou em maio de 2022, com a promessa de nova pavimentação, acessibilidade, além da modernização de pontos de ônibus.

Em outubro de 2022, outra licitação foi anunciada devido à rescisão da segunda empresa contratada. A obra definitiva retomou em fevereiro de 2023.

 

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