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Presidente da CNEN visita sede da INB em Resende

Fábrica de Combustível Nuclear em Resende | Foto: Divulgação

O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Rondinelli Junior, e o chefe de gabinete, Rogério Mamão Gouveia, visitaram as instações da INB (Indústria Nucleares do Brasil), em Resende. Ele foram recebidos pelo presidente da INB, Adauto Seixas, na última terça-feira, dia 23.

O objetivo do encontro foi estreitar o relacionamento e alinhar informações entre as duas instituições. Na ocasião, Adauto frisou a importância do aumento da produção de urânio para atender a demanda das usinas de Angra e as oportunidades de novos negócios que surgirão nos próximos meses.

Também acompanharam a reunião o diretor de Recursos Minerais, Luiz Antônio da Silva, e o assessor da presidência, David Moreira.

No Rotary

No dia seguinte, na quarta-feira, dia 24, Adauto Seixas realizou uma palestra na 25ª Reunião Plenária 2023/2024, do Rotary Club do Rio de Janeiro, no Iate Clube da cidade.

A partir do tema "A INB, o Combustível Nuclear e o Programa Nuclear Brasileiro", Adauto destacou diversos benefícios da energia nuclear e o potencial que o Brasil tem nessa área, sendo um dos poucos países que detém a tecnologia de enriquecimento de urânio, e, além disso, tem recursos minerais de urânio e usinas em operação.

"A energia nuclear é uma das fontes de energia mais seguras e limpas. Portanto, é necessário o esclarecimento contínuo. Precisamos estar sempre levando informações diretamente à sociedade, como estamos fazendo aqui hoje, reunidos", reforçou.

O presidente da INB explicou todo o processo de produção do combustível nuclear pela INB, focando na etapa da mineração e do enriquecimento. E enfatizou a importância da conclusão da obra de Angra 3 para o desenvolvimento do setor e o fortalecimento do sistema elétrico nacional, pois os reatores nucleares são considerados geradores de "base".

O presidente do Rotary Club do Rio de Janeiro, Paulo Lanari, afirmou que a reunião foi importante porque o dirigente da INB demonstrou uma série de posições e argumentos que foram bastante esclarecedoras.

"O Rotary Club do Rio de Janeiro tem por hábito receber o pessoal representativo do estado brasileiro, da indústria e da sociedade civil para apresentar temas que sejam de interesse coletivo e social. E a energia nuclear contribui significativamente para a independência elétrica do país".

A proposta dos organizadores do evento é continuar com uma série de palestras com outras instituições do setor para levar ainda mais informações sobre a tecnologia nuclear aos associados.

Ao final da apresentação, os participantes da reunião puderam fazer perguntas para esclarecer mais algumas dúvidas. A reunião também foi transmitida pelo zoom para outros 102 clubes do Rotary.

Criação da INB

Fundada em 1988, a Indústrias Nucleares do Brasil - S.A (INB) incorporou as empresas que faziam parte da Nuclebrás, criada para cumprir o Acordo Nuclear Brasil - Alemanha.

Com o objetivo de concentrar todo o ciclo de produção do combustível nuclear - desde a mineração até a montagem e entrega do elemento combustível -, a INB foi idealizada para impulsionar a produção da energia nuclear no país.

Um dos marcos na produção de energia nuclear no Brasil foi o desenvolvimento da tecnologia de ultracentrifugação no final da década de 1970. O projeto foi então realizado pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN).

 

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