CSN conclui aquisição das ações da Planatlântica

Siderúrgica passa a deter 29,91% do capital social da empresa

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CSN aumenta participação acionária na Planatlântica para avançar na siderurgia

A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) passou a deter 29,91% do capital social da Panatlântica, graças a conclusão da compra de uma fatia de 18,61% da empresa por R$ 150 milhões. A Panatlântica é uma das maiores empresas no mercado do aço plano do estado de Santa Catarina.

"A operação é parte da estratégia da CSN em avançar na cadeia de valor no segmento de siderurgia, aumentando sua competitividade através do reforço de seus canais de distribuição e níveis de serviços aos clientes finais", afirmou a CSN em comunicado enviado ao mercado na segunda-feira, dia 15.

Aços planos

Os chamados aços planos são usados na produção de automóveis ou de geladeiras, fogões, micro-ondas, que são conhecidos itens de linha branca. Além da CSN, a Usiminas tambem produz este tipo de aço no Brasil.

Fundação

A Panatlântica foi fundada em 1º de outubro de 1952 em Porto Alegre e em 1975, foi transferida para Gravataí. Atualmente, tem um complexo de 19,4 mil metros quadrados de fábrica e outros 3 mil metros quadrados de instalações administrativas, refeitório e vestuário.

Foi dentro da empresa, aliás, que foi inaugurado o Distrito Industrial, em 1977, com o então ministro Ângelo Calmon de Sá, da Indústria e Comércio, no governo do ex-presidente e general Ernesto Geisel, e o ex-governador gaúcho Sinval Guazzelli.

A Panatlântica recebe o aço em bobinas, sendo que a fita tem 6,3 milímetros de espessura, o chamado ponto de partida para tudo que produz. Ou seja, atende a vários segmentos, desde o vestuário à indústria pesada da linha agrícola e ainda entrega lâminas com espessura de 0,25 milímetro, portanto, com pouco mais de dois décimos de um milímetro.

A empresa fornece o aço em lâminas e dimensões exigidas pelos fabricantes de botões ou ilhoses para peças do vestuário, ou de acordo com as necessidades dos fabricantes de automóveis, de roscas sem-fim para colheitadeiras, trancas, dobradiças e puxadores de aberturas residenciais, entre outras.

A área de atuação mercadológica é, basicamente, o Rio Grande do Sul e o norte da vizinha Santa Catarina, com foco no polo industrial da região da Serra, especialmente Caxias do Sul, além de Gravataí, Cachoeirinha e arredores.

Em Santa Catarina, são várias as cidades que têm a economia sustentada pela indústria metalmecânica, principalmente Chapecó - conhecida como a capital das agroindústrias - além de Joinville e Maravilha.

A rentabilidade da empresa enquanto negócio saiu da zona de conforto em 2014 quando recrudesceu a situação da economia nacional, reflexo das crises econômicas ocorridas em vários países da Europa e, inclusive, os EUA.