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Escória gera risco, diz engenheira

A pilha de dejetos fica a poucos metros do Rio Paraíba | Foto: Arquivo

Na terça-feira (30), a empresa de engenharia ambiental Eckoslife, de Volta Redonda, publicou, em suas redes sociais, um vídeo afirmando que uma nota publicada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) de que a montanha de escória, localizada no bairro Brasilândia e do lado do Rio Paraíba do Sul, não oferece riscos ao meio ambiente e natureza é falsa. Ainda, no vídeo, ela que o local corre risco de um desastre ambiental.

Segundo a engenheira química e ambiental, Gisele Penido, o depósito da escória, que é administrada pela Harsco Metal, "possui muito metal". E, segundo ela, com o histórico de chuva ácida no município, ao entrar em contato com a pilha, libera todos os materiais metálicos presentes na montanha. "Esse metal vai lixiviando, vai entrando no nosso lençol freático e corre o risco de desabar todo no Rio Paraíba", disse a engenheira.

Ainda, destacou que o Rio Paraíba do Sul atravessa a região socioeconômica do Vale do Paraíba, que banha os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. "Volta Redonda está em risco ambiental gravíssimo. É um crime", afirmou.

CSN descarta risco

Um dia antes, na segunda (29), o grupo CSN organizou uma apresentação com a diretora de Sustentabilidade, Helena Guerra, ao lado do diretor-executivo de Siderurgia, Alexandre Lyra, e do diretor institucional e jurídico, Luiz Paulo Barreto. No encontro, a diretora reafirmou que a escória não oferece riscos ambientais e disse que os acordos feitos para desmobilização da área que serão cumpridos. Ainda, na ocasião, anunciaram novas reformas e trocas de equipamentos na usina.

 

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