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Segurança é reforçada para inibir casos de extorsões

Atos criminosos são comuns em centros comerciais, como o bairro Aterrado | Foto: Roberta Caulo

Por Lanna Silveira

Na última semana, uma funcionária de uma loja do bairro Aterrado, em Volta Redonda, denunciou um caso de extorsão sofrido no estabelecimento em que trabalha. Segundo a vítima, o criminoso entrou em contato por ligação, solicitando uma transação no valor de R$ 5 mil, dizendo ainda que se a transferência não fosse realizada o local seria invadido por ele e mais dois assaltantes.

O acontecimento se espalhou entre os lojistas do Aterrado quase que instantaneamente, por meio do grupo de whatsapp "Segurança Integrada - Aterrado", criado em janeiro do ano passado para facilitar a comunicação entre comerciantes e forças de segurança.

Segundo a lojista Maria Clara Corrêa, algumas pessoas repararam uma movimentação de policiais na avenida e questionaram sobre o motivo no grupo. Assim que os agentes explicaram sobre o golpe aplicado, outros três membros do chat disseram que vivenciaram casos parecidos.

Um desses funcionários é Nadja Mesquita, que sofreu duas tentativas de roubo na loja em que trabalha. Na primeira ocasião, o criminoso telefonou para a loja pedindo informações. Após alguns minutos de conversa com a atendente, o assaltante exigiu que todo o dinheiro do caixa fosse entregue a ele, que estava do outro lado da rua com armas apontadas para a loja. "Ele chegou a descrever a roupa que ela estava usando na hora", ressaltou Nadja.

No segundo caso, os assaltantes seguiram o mesmo procedimento e Nadja identificou o ato criminoso com antecedência. "Assim que eles anunciaram o assalto, eu fingi que não estava escutando bem a ligação e desliguei o telefone. Depois disso, eles desistiram", relata.

Maria Clara também sofreu com um episódio de importunação recente em sua loja. De acordo com ela, um homem entrou alterado no local e começou a mexer na chave do estabelecimento, que estava na porta. "Ele tentou fechar e eu corri para abrir a porta assim que percebi. Fiquei esperando do lado de fora enquanto ele falava coisas sem nexo com a funcionária", explica.

Apesar de não ter feito um boletim de ocorrência, a proprietária contou sobre o ocorrido no grupo de whatsapp e descobriu que a pessoa estava fazendo o mesmo em outras lojas. "A partir disso, a polícia foi atrás dele e conseguiram prendê-lo", aponta.

Ações de segurança

Segundo o delegado de Paraty, Marcelo Russo, o furto é a ocorrência mais comum nas denúncias de lojistas, principalmente de produtos expostos em gôndolas. Marcelo explica que ações geralmente envolvem mais de um assaltante.

O delegado indica que os comerciantes façam uso de medidas preventivas como o uso de câmeras de monitoramento, junto a um aviso de que o local está sendo filmado; presença de fiscais de vigilância pelos corredores e sistemas de alarme nos acessos de saída, conectados à mercadoria. "Essas ações tendem a inibir a conduta dos furtadores", conclui.

O Correio Sul Fluminense entrou em contato com a Delegacia Policial de Volta Redonda (93ª DP) para saber mais informações sobre o grupo "Segurança Integrada", perguntando também sobre outras medidas tomadas para proteger os lojistas e sobre a frequência em que esses casos ocorrem na cidade. Não houve retorno até o fechamento desta edição.

 

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