Com a proposta de melhorar o fluxo de veículos e ampliar a segurança no trânsito, a Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana (STMU) alterou o sentido de trechos de duas vias no bairro Voldac, em Volta Redonda. No entanto, a mudança não agradou em nada os moradores da Avenida Beira Rio, e ocasionou duras queixas para a associação do bairro.
A via, que antes era de mão dupla, passou a ser mão única em direção à Rua Margarida Barreira Cravo a partir da esquina com a Rua Francisco Lau. Com a nova sinalização, para os moradores acessarem a rua é necessário acessar a rotatória do Barreira Cravo, ir em direção à Ilha São João para fazer o retorno na rua Alexandre Polastri Filho e retornar para a Francisco Lau, no sentido Av. Beira Rio.
A moradora da avenida e comerciante, Silvia Regina, afirma que a mudança no acesso da rua dificulta até mesmo para pedir um carro em aplicativos de carona. "Além do desvio, essa rua era de mão dupla, agora sendo via única, atrapalha muito a gente que mora por aqui", disse.
Outro residente da Av. Beira Rio, José Mendes, também confirma o transtorno. O morador relatou que um vizinho contratou um transporte escolar para levar a filha, mas, com o novo ajuste, o contrato foi cancelado.
Ainda, segundo José, o acesso ao novo trajeto em dias de evento na Ilha São João fica praticamente bloqueado. "O trânsito piora demais, podendo atrapalhar, inclusive, serviços essenciais que precisam trafegar pela área", disse o morador.
Críticas
Em contato com Renata Inácio, que respondeu pela Associação de Moradores e Amigos da Voldac (AMAV), as demandas dos moradores foram repassadas aos órgãos responsáveis por meio de ofício à prefeitura para reajuste do desvio que precisa ser feito até a Ilha São João.
No entanto, em um grupo de WhatsApp dos moradores, o presidente da associação, Marco Antonio Euzebio, confirmou que havia sido feita uma reunião extraordinária, em agosto de 2023, com os moradores para discutir a mudança no trânsito da Av. Beira Rio. Em votação, 10 moradores concordaram com a proposta da mudança e dois não.
Uma moradora em reposta à mensagem, afirmou que apenas concordaram com a mudança de mão única se houvesse um acesso antes da ponte Mário L. Haseck, para que justamente não precisasse retornar em um local distante. "Agora temos que fazer esse contorno em um lugar longe, deserto, escuro e perigoso" afirmou a moradora.
Justificativa
Em release enviado à imprensa, o secretário da STMU, Paulo Barenco, afirmou que a mudança foi necessária pelo cruzamento ser muito perigoso, já que contava com registros de acidentes pelas conversões proibidas no local.
Para agilizar alguma ação, um abaixo-assinado dos moradores foi enviado para o STMU, que, segundo os mesmos, foi retornado pela secretaria com a resposta de que estariam realizando uma análise do local com garantia de resposta urgente. Moradores ainda aguardam os próximos passos para resolver o problema.
O Correio Sul Fluminense entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura quanto a possibilidade de haver um novo acesso para os moradores da Av. Beira Rio mas, até o fechamento desta edição, não houve resposta.
