Controle parental sobre uso de telas se trata de segurança e saúde

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Uso de telas pode desenvolver consequências físicas

Para garantir um ambiente virtual mais seguro para crianças e adolescentes, é fundamental além do uso de aplicativos e ferramentas de controle parental, manter um diálogo aberto e adaptado à idade dos jovens, especialmente no contexto do Dia da Internet Segura, comemorado hoje (06). Esse diálogo não apenas educa sobre segurança, mas também enfatiza a importância de limites e do uso responsável da Internet.

"Bill Gates, por exemplo, não dá tela para os filhos dele, mesmo ele sabendo da importância da tecnologia. A criança precisa, na primeira infância dela, de coisas concretas, de movimentar o corpo, desenvolver a coordenação motora. Ela não pode ficar presa na tela", explicou a pedagoga Carollini Graciani.

Em relação à segurança online, é crucial abordar temas como fake news, golpes financeiros, adultos que se passam por crianças, a importância de não compartilhar informações pessoais com desconhecidos, evitar interações com estranhos, não compartilhar senhas e não clicar em propagandas ou comprar jogos sem autorização, diz a pedagoga. Ainda, ressalta também a necessidade de discutir o bullying e o cyberbullyng, que é a violência repetitiva e persistente que acontece na internet com intuito de intimidar, humilhar ou maltratar. "É como se o bullying fosse um isqueiro. Um jovem que tem o potencial inflamável, pode "explodir" quando alguém pratica bullyng com ele. E essa explosão pode gerar um atentado ou um suicídio", afirmou.

Segurança é saúde

Ainda, Carollini alerta para os riscos à saúde mental das crianças que não têm um controle adequado do tempo de tela. Entre as consequências, está a a Síndrome do Pensamento Acelerado, além de problemas oftalmológicos e até depressão pelo uso excessivo de dispositivos eletrônicos. Ela enfatiza que oferecer telas durante as refeições ou na escola não é recomendado, e sugere que o uso desses dispositivos comece apenas a partir do ensino fundamental, por volta dos 7 anos de idade.

A recomendação é de que as famílias sigam as orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria para estabelecer uma rotina equilibrada em relação ao uso de telas, incluindo limitar o tempo de uso e supervisionar as atividades online das crianças. Essa supervisão é crucial, pois até mesmo conteúdos aparentemente inofensivos podem levar a direcionamentos inadequados.

"No meio [do desenho] pode aparecer uma propaganda tentando direcionar para um conteúdo inapropriado. É importante acompanhar", aconselhou.