Engenheiros brasileiros avaliam segurança de usina na Argentina

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Engenheiros da Eletronuclear na usina nuclear Atucha

A convite da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), os engenheiros da Eletronuclear, Jorge Armando e Bruno Vieira, ambos lotados no Departamento de Gerenciamento de Envelhecimento de Estruturas, Sistemas e Componentes, participaram do grupo de especialistas que realizou uma análise da segurança operacional para operação estendida da Unidade 1 da usina nuclear Atucha, na Argentina.

A missão de Aspectos de Segurança da Operação a Longo Prazo foi solicitada pela Nucleoeléctrica Argentina S.A (NA-SA), operadora da usina. Atualmente, a NA-SA está se preparando para submeter um pedido de renovação de licença à Autoridade Reguladora Nuclear Argentina (ARN) para estender a vida útil operacional da Unidade 1, de 362 MWe, por 20 anos.

Localizada a 100 km a noroeste de Buenos Aires, a usina entrou em operação comercial em 1974 e sua licença de operação atual expira em 2024. Já a Unidade 2 de 745 MWe da Usina Nuclear Atucha, que começou sua operação comercial em maio de 2016, não fez parte desta revisão.

Durante a missão de 10 dias, realizada de 27 de fevereiro a 7 de março, a equipe analisou a preparação da usina, sua organização e programas para a operação segura a longo prazo (LTO). Composta por doze especialistas de diversos países, incluindo Bélgica, Brasil, Japão, Eslovênia, Espanha, Suécia e Estados Unidos, além de dois membros da equipe da AIEA, a equipe realizou discussões detalhadas com os profissionais de Atucha e diversas inspeções na usina.

Ao final da missão, a equipe entregou um relatório preliminar à administração da usina e à ARN (Autoridade Regulatória Nuclear). Um relatório final será enviado à administração da usina, ARN e ao governo argentino dentro de três meses.

Angra 1 será avaliada pela missão SALTO em junho desse ano e o aprendizado adquirido pelos dois colaboradores durante o tempo que estiveram em Atucha 1, Argentina, será de extrema relevância para os programas de envelhecimento e LTO de Angra 1, afirmou a assessoria da Eletronuclear, em release enviado à imprensa.

O engenheiro Bruno Vieria destacou a importância da missão. "Foi uma oportunidade enriquecedora e valiosa para aumentar os meus conhecimentos e experiência, graças ao apoio dos meus colegas da AIEA e dos nossos counterparts de Atucha 1. Como parte do departamento de gestão do envelhecimento das centrais nucleares no Brasil, adquiri conhecimentos sobre metodologias e processos internacionais relacionados com a gestão do envelhecimento".