Por: Ana Luiza Rossi

Movimento fala sobre dados de equipamento medidor de poluição

O aparelho foi apresentado por coletivo que também fiscaliza siderúrgica do Rio | Foto: Ana Luiza Rossi/CSF

Um dos fundadores do "Movimento Sul Fluminense contra Poluição", Alexandre Fonseca, deu detalhes sobre os avanços com equipamentos medidores de poluição, adquiridos para fazer relatórios comparativos com os da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), principal poluidora da cidade de Volta Redonda, constantemente criticada pelo movimento.

Os três equipamentos adquiridos pelo grupo medem materiais particulados tipo PM10, vistos a olho nu, e PM2.5, de partículas finas, inaláveis, e se constituem como um elemento de poluição atmosférica. A metodologia está sendo aplicada desde janeiro deste ano.

De acordo com Alexandre, as impressões iniciais é de que não há dados muito concretos para elaborar um relatório, já que devido a estação chuvosa dos últimos meses os dados captados pelos pequenos aparelhos acabam oscilando e dificultando o processo de identificação do padrão de emissão do 'pó preto' emitido pela siderúrgica. "O ideal é que seja feita [a captação] o ano todo para gente ver quais são as diferenças com os próprios relatórios da CSN", disse.

Apesar do avanço a passos curtos, o militante comenta sobre a aprovação de uma lei municipal que garantirá a presença de uma estação móvel para medição dos poluentes - ou que pelo menos deveria garantir. A lei, sancionada em março deste ano sob autoria do vereador Paulinho AP (Agir), segundo Alexandre se trata de uma ação redundante, já que a prática deveria estar prevista no Código Municipal do Meio Ambiente, lei implementada em 2017. Inclusive, o militante afirma que fez uma denúncia ao Ministério Público sobre a não aplicação da lei.