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Volta Redonda começa a vacinar contra a dengue

Carlos Vasconcellos ressalta importância da vacinação contra dengue no público alvo | Foto: Cris Oliveira/PMVR

Por Redação

O município de Volta Redonda inicia nesta terça-feira, dia 21, a vacinação contra a dengue em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A vacina será aplicada em oito unidades básicas de Saúde (UBSs) e de Saúde da Família (UBSFs): Conforto, Jardim Paraíba e Vila Brasília, com atendimento das 8h às 16h; Siderlândia, Vila Mury, Volta Grande, São Geraldo e Santa Cruz, com aplicação das 8h às 18h.

Os pais ou responsáveis devem apresentar a caderneta de vacinação, CPF ou cartão do SUS (Sistema Único de Saúde) da criança ou do adolescente. A vacina é indicada para aumentar a proteção contra a dengue - arbovirose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

O médico de Saúde da Família e sanitarista da SMS, Carlos Vasconcellos, comenta que o esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

-A vacinação deve ser feita o mais rapidamente possível pelas crianças e pelos adolescentes desta faixa etária, entre 10 e 14 anos. Vale lembrar ainda que, simultaneamente, podem ser aplicadas outras vacinas, como a da gripe (Influenza), por exemplo, se estiver em atraso - recomenda o médico.

Outra orientação dos órgãos de saúde é que pessoas que tiveram dengue a menos de seis meses devem aguardar para se vacinarem.

"Esse público deve aguardar seis meses após a dengue para a vacinação. Mesmo que a pessoa não tenha feito o exame, mas que tenha apresentado sintomas, deve aguardar esse prazo", finaliza Carlos Vasconcellos.

Rede pública

O Brasil se tornou o primeiro país do mundo a disponibilizar vacinas contra a dengue no sistema público de saúde. Produzida pelo laboratório japonês Takeda, os imunizantes serão destinados, inicialmente, a regiões com maior incidência e transmissão do vírus, contemplando crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

A Qdenga foi avaliada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias (Conitec) no SUS e deve atender municípios de grande porte com alto índice de transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em consideração altas taxas de contaminação nos últimos meses.

O público-alvo, em 2024, serão crianças e adolescentes, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro da vacina em março de 2023, com base em estudo feito com mais de 28 mil pessoas, incluindo crianças e adultos. A concessão permite a comercialização do produto no Brasil, desde que sejam mantidas as condições aprovadas.

Os efeitos da vacina continuarão sendo monitorados, sob responsabilidade da empresa fabricante e com acompanhamento do Ministério da Saúde.

Antes de ser incorporado ao sistema público de saúde, o produto foi avaliado pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologia (Conitec), e teve parecer favorável.