Aman encerra semana do seu aniversário de 213 anos

A cereja do bolo foi a apresentação do esquadrão aéreo, o EDA

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Como parte das comemorações, aconteceu uma formatura no Pátio Duque de Caxias

Os 123 anos da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende, foi comemorado com uma semana inteira de programação. A cereja do bolo foi a apresentação do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), mais conhecido como Esquadrilha da Fumaça, realizada no último sábado (27), no Campo de Marte.

O comandante da Academia, General Vinicius, fez questão de agradecer ao EDA e ao seu Comandante, o tenete coronel Juliano Augusto Sousa Nunes, pela apresentação que marcou o aniversário da Aman.

A instituição realizou ainda, no dia 24, uma formatura no Pátio Duque de Caxias. Na oportunidade, foram homenageadas com a Medalha Marechal José Pessôa e com o Diploma "Amigo da Aman" as personalidades do meio militar e civil que contribuíram para a história da organização de ensino superior militar, que tem sua origem em 1811. No mesmo dia, ocorreu a apresentação da Banda Sinfônica da AMAN com repertório, preparado pela centenária Banda, que encantou o público, lotando o Teatro General Leônidas.

Para fechar a semana, a família militar e o público participaram da Corrida Rústica, realizada em parceria com a Secretaria de Esporte e Lazer (SMEL) de Resende. Pontualmente às 8h, dezenas de atletas iniciaram o percurso, iniciado na Seção de Educação Física da Academia Militar. Ao final, subiram ao pódio os cinco competidores mais bem colocados em suas respectivas categorias.

História

A Academia Militar das Agulhas Negras iniciou suas atividades em Resende em 20 de março de 1944, sob o comando do Coronel Mário Travassos e ainda com o nome de Escola Militar de Resende (EMR). Logo em 1950, o Tenente Álvaro Moura, instrutor da então EMR, e o Tenente Brasil, da Força Aérea Brasileira, morreram devido à queda de uma aeronave NA (T-6). A comoção foi grande em toda a Escola e os cadetes da turma de 1950, Júlio Carlos Veneroso e Haroldo Careniro da Cunha, escreveram extenso artigo em homenagem ao falecido oficial, destacando a sua liderança, seu espírito militar e seu preparo físico. Naquele ano, em 09 de fevereiro, o pátio principal de formaturas ganhou o seu nome, "Pátio Tenente Moura".

Mais tarde, em 1969,o então Comandante da AMAN, General Carlos de Meira Mattos fundamentou as razões para que o pátio principal tivesse a denominação histórica alterada para "Pátio Marechal Mascarenhas de Moraes", valendo-se de sua experiência nos campos de batalha da Europa, durante a II Guerra Mundial. Assim, homenageava-se o Comandante da Força Expedicionária Brasileira e antigo comandante da instituição de ensino. Nas palavras do Gen Meira Mattos, tratava-se de uma merecida reverência, que dedicou sua vida à pátria "com a consciência de um dever cumprido até o sacrifício, sem reservas nem vacilações".