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Reunião em Angra dos Reis discute diversas intervenções na Rio-Santos

Problemas foram debatidos entre moradores e entidades | Foto: Wagner Gusmão

Uma reunião para debater os problemas relacionados à Rodovia BR-101 (Rio-Santos) foi promovida em Angra dos Reis entre representantes da Prefeitura, da concessionária CCR, da Polícia Rodoviária Federal, vereadores e moradores de bairros próximos à via.

Durante o encontro, foi resolvido que a Prefeitura marcará uma reunião com a Agência Nacional de Transportes e Trânsito (ANTT) para relatar as mudanças necessárias no contrato da CCR, visando atender às reivindicações urgentes dos moradores, que envolvem questões como a construção de passarelas, faixas de pedestres, quebra-molas, controladores de velocidade, e outras.

A reunião ocorreu na sala de crise da Secretaria de Segurança Pública e contou com a participação de representantes de diversos bairros, como Campo Belo, Camorim Pequeno e Grande, Sapinhatuba 2, Garatucaia, Cantagalo, Morada do Bracuí e Gamboa do Belém.

A CCR informou que muitos dos pedidos feitos durante o encontro serão realizados pela empresa, que está presente no município há dois anos, porém, para agilizar as intervenções urgentes, é necessário que a Prefeitura reforce junto à ANTT a importância dessas mudanças, oficializando-as em contrato.

O secretário de Desenvolvimento Regional, Tiago Scatulino, ressaltou que é fundamental antecipar as demandas de segurança da população. Ele enfatizou que certas intervenções, como a construção de passarelas, estavam previstas apenas para daqui a 7 ou 8 anos, e que é necessário agir para evitar acidentes e problemas futuros.

Alvo de polêmica mesmo em teste

Uma das demandas urgentes levantadas pelos moradores foi a questão do pedágio free-flow.

O número de rodovias com o free flow em operação ainda é baixo, e as estruturas de cobrança eletrônica em funcionamento estão localizadas em Paraty (km 538), Mangaratiba (km 447) e Itaguaí (km 414), todas cidades fluminenses.

O sistema na Rio-Santos está em operação desde 2023 e ainda é um projeto experimental para analisar a melhor forma possível de implementação antes de uma eventual expansão para outras concessões federais.

Apesar de ser apontado como uma maneira de garantir mais fluidez ao trânsito, o sistema de free flow virou alvo do Ministério Público Federal neste ano, que suspendeu as multas aplicadas aos motoristas que passaram pelo trecho e acusaram o sistema de possuir falhas no funcionamento, além de apontar a escassez de informações sobre o sistema.

A cobrança do pedágio também foi considerada abusiva pelos motoristas, incentivando a realização de protestos, outras ações judiciais e audiências públicas. Nas ações, foi reivindicado que fosse feita uma revisão no sistema free flow para conceder acesso seguro ao serviço pelos usuários.

Em resposta, a CCR RioSP alegou que as reclamações sobre o sistema registradas na ouvidoria da empresa desde o início da operação representam 0,03% das mais de 14 milhões de transações feitas no período.

A concessionária ainda afirmou ter ampliado os canais de pagamento do pedágio com a instalação de totens de autoatendimento em bases da concessionária e rede credenciada.