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Câmara aprova uso de IAs nas escolas de V. Redonda

Ferramenta é essencial para ingresso no mercado de trabalho, afirma vereador | Foto: Divulgação

Um projeto que autoriza a inclusão de atividades extracurriculares de Inteligência Artificial (IA) nas escolas municipais de Volta Redonda foi aprovado por unanimidade na última segunda-feira, dia 10, na Câmara Municipal. Segundo vereador Renan Cury, que é autor do projeto, o manuseio da tecnologia pode garantir maior competitividade no mercado de trabalho e expandir oportunidades de trabalho aos alunos.

As ferramentas de IA são amplamente utilizadas em diversas áreas como saúde, educação, segurança e finanças. No entanto, o vereador alerta o uso dentro dos limites éticos, já que também tem um potencial de práticas prejudiciais como o plágio, propagação de fake news e uso indevido de informações.

"Saber utilizar a inteligência artificial para o bem, será crucial para o ingresso no mercado de trabalho no futuro. Temos que lidar com isso, assim como temos que lidar com a parte ruim e ajudar a combater tais práticas. Levar o tema pras escolas ditará os rumos do futuro", disse o vereador.

O projeto segue agora para sanção do prefeito Antônio Francisco Neto. Após sancionada, a lei permitirá que o Poder Executivo firme parcerias com instituições privadas, universidades e organizações não governamentais, para implementação das atividades educacionais.

Caso em Resende

A iniciativa apesar de positiva, já que o contato com as tecnologias podem aprimorar os estudos em sala de aula além de familiarizar o aluno com ferramentas digitais emergentes, busca ao mesmo tempo intensificar seu uso com supervisão e responsabilidade em ambiente escolar, já que seu fácil acesso e a capacidade desastrosa de usar esses recursos para infringir leis, está em uma linha cada vez mais tênue.

Como foi noticiado pelo Correio Sul Fluminense na última edição de fim de semana, alunas menores de idade de uma escola em Resende, cidade também do interior do Estado, vivenciaram momentos de horror com a divulgação de fotos íntimas falsas, modificadas por IA por outros alunos, inclusive, da mesma sala.

O caso envolvendo as nove alunas, que tinham entre 14 e 15 anos, chegou até a Polícia Civil para investigação por fake news e exposição vexatória.

A ação criminosa, de acordo com o Código Penal, pode levar à pena de um a dois anos de reclusão e multa. Ainda, a punição é dobrada se envolver menores de idade e triplicada se divulgada em redes sociais ou aplicativos de mensagem.

*Com informações da Agência Senado