Profissionais da saúde especializados em nutrição explicam que o aumento do apetite durante períodos de temperatura baixa são reais, confirmando que, de fato, se sente mais fome durante o frio.
Visando a chegada do inverno nesta quinta-feira (20), - a nutricionista Marcella Tamiozzo explica as necessidades do organismo nesta época e dá dicas para manter a saúde alimentar na estação.
Segundo a médica, a vontade de comer aumenta no inverno porque o corpo precisa de calorias extras para se manter aquecido. "O frio gera um modo de autopreservação no nosso corpo e o organismo percebe que precisa se aquecer de forma rápida", completa.
Neste caso, o apetite cresce especialmente para alimentos com grandes fontes de carboidrato, já que esse nutriente fornecer energia rapidamente ao organismo.
Em 2023, a revista Nature publicou um estudo realizado por investigadores do The Scripps Research Institute, da Califórnia (EUA), que identificou circuitos cerebrais que estimulam os mamíferos a comerem mais quando expostos a temperaturas frias.
A compreensão do impacto do clima no apetite é importante para promover hábitos alimentares saudáveis durante esses períodos.
"A ligação entre o frio e o aumento do apetite faz sentido do ponto de vista biológico. No entanto, é importante ressaltar que o consumo abundante de alimentos calóricos, porém pouco nutritivos, pode levar a problemas de saúde, como obesidade e desequilíbrios metabólicos", pontua a nutricionista.
Hábitos saudáveis
Ao ponderar sobre a rotina alimentar mais comum entre as pessoas no frio, Marcella aponta a vontade natural de consumir alimentos quentes, ressaltando que é importante ter em mente a necessidade de construir uma dieta equilibrada.
Algumas sugestões de alimentos feitas peça nutricionista são: sopas e caldos, feitos com uma variedade de legumes, grãos e proteínas magras; vegetais assados, por serem ricos em vitaminas, minerais e fibras; aveia como um complemento no café da manhã, pela sua riqueza em fibras solúveis, que ajudam a manter a saciedade; chás e infusões quentes, para manter a hidratação, evitando chás com cafeína e apostando nos chás verdes.
Marcella também indica o consumo de proteínas magras, como peito de frango, peixe, tofu ou leguminosas; frutas como lanches ou complementando refeições; gorduras saudáveis, como abacate, nozes, sementes e azeite de oliva; caldos de osso e chocolate amargo como sobremesa.
"Ao incluir uma variedade de alimentos saudáveis e nutritivos em sua dieta, você pode garantir que esteja fornecendo ao seu corpo os nutrientes necessários para se manter saudável e energizado", orienta.
