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Biosolvit de Barra Mansa promove produção sustentável em nova fábrica

Empresa já recuperou 15 toneladas de garrafas PET e produziu 280 mil litros de resina | Foto: Divulgação

A Biosolvit, empresa com sede em Barra Mansa, no sul do estado do Rio de Janeiro, inaugurou a primeira fábrica de produção do supressor sustentável a base de plásticos PETs instalada em Cariacica, Espírito Santo, que já reciclou 15 toneladas de garrafas Pets e produziu 280 mil litros de resina.

Com a implantação da fábrica, mais de 60 mil pessoas passaram a contar com a coleta seletiva em condomínios e empresas, com 156 novos pontos instalados.

O trabalho é realizado em parceria com a Rede de Economia Solidária dos Catadores Unidos do Espírito Santo (Reunes), formada por associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis.

Hoje, já são mais de 580 catadores de recicláveis que fazem parte das associações que fornecem o material para a fábrica.

O uso do supressor, desenvolvido e patenteado pela Vale e pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), evita que partículas de minério de ferro e carvão se dissipem. Isso contribui com a redução do descarte de lixo inadequado de plásticos, estimula a coleta seletiva e fortalece associações de catadores com o aumento da renda mensal.

A projeção é de que a fábrica processe pelo menos dois milhões de PETs descartados inadequadamente até 2026.

Além de garrafas PET transparentes e verdes, a produção do supressor também consegue aproveitar outros materiais considerados com baixo potencial de ser reciclado, como o plástico PET utilizado em bandejas e garrafas de todas as cores.

Processo

Nesta primeira etapa de produção, são atendidas as demandas da Vale S.A. na unidade de Tubarão, em Vitória, no carregamento de vagões ao longo da Estrada de Ferro entre Vitória e Minas e, em algumas operações de Minas Gerais.

Para o fundador e CEO da Biosolvit, Guihermo Queiroz, a unidade em Cariacica é um marco da parceria entre as duas empresas, possibilitando expandir a produção em larga escala e avançar com inovação e desenvolvimento social.

"Já temos a expectativa de ampliar a operação da Biosolvit com a construção de uma nova fábrica em Itabira, Belo Horizonte/MG. O investimento previsto é de cerca de R$ 30 milhões ao longo dos próximos anos", destacou Queiroz.

A vice-presidente executiva de Sustentabilidade da Vale, Malu Paiva, ressaltou o compromisso contínuo com a eficiência ambiental. "Há muitos anos usamos supressores, mas a construção da fábrica nos permitirá ampliar a aplicação do supressor para todas as nossas operações em Tubarão, além de transformar a vida de muitas pessoas, pois gera renda para os catadores de materiais recicláveis", disse.

Malu também ressaltou que, desde 2013, a Vale e a Ufes realizaram testes e validações técnicas em escalas de laboratório e piloto que atestam a eficiência do produto.

Para o presidente da Reunes, Lucio Heleno dos Santos, outro benefício da iniciativa é a possibilidade de acompanhar em tempo real a produção dos materiais das associações, certificando que eles causaram mudança na vida da comunidade.

"Isso aumenta o valor pago pelo material. O que antes era descartado e ia pro aterro sanitário, hoje é aproveitado e gera prosperidade para muitas famílias", conclui.