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Greve na UFF pode chegar ao fim no mês de julho

A votação, realizada nacionalmente, teve 217 docentes favoráveis ao fim da greve | Foto: Luiz Fernando Nabuco/Aduff-SSind

Por Lanna Silveira

Na última semana, o corpo docente da Universidade Federal Fluminense (UFF) aprovou a saída unificada da greve dos professores para o dia 1 de julho, em uma votação realizada por uma assembleia da Associação dos Docentes da UFF (Aduff). Foram 217 votos favoráveis ao fim da paralisação.

De acordo com a equipe da Aduff, a última assembleia teve o objetivo de avaliar as propostas do governo, debater se esses acordos devem ser assinados pela categoria e decidir a continuidade da greve.

O resultado da votação foi encaminhado ao Comando Nacional de Greve e avaliado no último fim de semana. Segundo os grevistas, ainda será realizada uma nova reunião nesta quinta-feira (27) para avaliar se a resposta do governo federal às reivindicações da categoria foi satisfatória e decidir, definitivamente, pela continuidade ou não da greve.

Reivindicações

A paralisação, que teve início no dia 29 de abril e foi aderida a nível nacional, foi motivada por uma série de insatisfações do corpo docente, que incluíam: a disponibilização de maior orçamento para as unidades da UFF; garantia de recomposição salarial; reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e de docentes de institutos federais; e reajuste salarial de 22,7% para os professores de universidades.

Além dos professores, estudantes também prestaram apoio a greve e também expressaram insatisfação com a situação da universidade. Após o anúncio da paralisação, alunos da UFF de Volta Redonda formaram um 'Comitê de Greve' para articular suas próprias reivindicações e dar suporte aos professores.

As negociações com o governo resultaram, até o momento, na progressão salarial de 9% em 2025 e 3,5% em 2026, além da revogação da portaria 983, que aumentou a carga horária mínima dos professores e instituiu o controle de frequência por ponto eletrônico. Também foi retirada a instrução normativa 66, que limita promoções e progressões de docentes.

Para a categoria técnico-administrativa, foi oferecida a possibilidade da progressão na carreira por "Reconhecimento de Saberes e Competências".

A equipe da Aduff declarou que a categoria está satisfeita com os acordos propostos pelo governo, as considerando "avanços importantes". Entretanto, foi enfatizado que a luta sindical dos professores deve continuar sendo fortalecida para além do momento de greve.