Por:

Retomada de Angra 3 continua em debate no setor de energia atômica

Da E. para a D, Raul Lycurgo, Rafael Grossi e João Leal | Foto: Divulgação

O Diretor Geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) esteve no Brasil, ma semana passada, e participou de uma série de eventos no Distrito Federal e no Rio. Na pauta principal: a retomada das obras da Usina de Angra 3, debatida em um encontro no Palácio Guanabara.

Com a retomada das obras, segundo estudos da FGV (Fundação Getúlio Vargas), poderão ser criados mais de 18 mil empregos diretos e indiretos, durante as obras. Isso sem contar outros empreendimentos correlatos que virão como o "Projeto Centena", manejado pela CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e a expansão da fábrica de combustível na INB (Indústrias Nucleares do Brasil).

Durante o encontro, foi destacado o caráter multifacetado do setor nuclear que congrega soluções alto impacto socioeconômico e ambiental, voltadas para, por exemplo o enfrentamento a insegurança alimentar, a melhorias no tratamento do câncer e ainda a defesa da Amazônia Azul.

Ainda na semana passada, o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, participou da Audiência Pública sobre o papel da energia nuclear na transição energética. O evento ocorreu na Câmara dos Deputados, em Brasília, e foi organizado em conjunto com a Comissão de Minas e Energia.

O evento foi dividido em três mesas temáticas, abordando o panorama mundial da energia nuclear, iniciativas internacionais e oportunidades nacionais. Raul Lycurgo integrou a mesa que discutiu o cenário brasileiro, ao lado de outros importantes nomes do setor, como Rafael Grossi, diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional de Energia, Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), e o deputado Júlio Lopes.

Durante sua apresentação, Raul Lycurgo destacou a importância da energia nuclear para a transição energética no Brasil. Ele ressaltou que as usinas de Angra dos Reis fornecem 40% da energia elétrica consumida no estado do Rio de Janeiro, operando com alta eficiência e segurança. A recente missão da AIEA atestou a qualidade do trabalho realizado em Angra 1, em operação há 40 anos.