UFF de Volta Redonda libera novo calendário de aulas
Segundo período deste ano terá aulas até fevereiro de 2025
Por Lanna Silveira
Nesta semana, o novo calendário do ano letivo pós-greve da Universidade Federal Fluminense de Volta Redonda (UFF-VR) foi aprovado em uma votação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEx) e repassado aos alunos da instituição.
Os cursos presenciais de graduação finalizarão o primeiro período de 2024 entre os dias 1° de julho e 31 de agosto. Originalmente, o período acabaria no dia 17 de julho. Já o segundo período começa no dia 23 de setembro e segue até o dia 6 de fevereiro de 2025. Antes da greve, ele aconteceria entre 19 de agosto e 19 de dezembro.
Já o período de matrícula para estudantes ingressantes ainda será divulgado no portal da Coordenação de Seleção Acadêmica da UFF (Coseac-UFF), na página correspondente ao Processo Seletivo.
Reação de estudantes
A greve dos professores, que começou no dia 29 de abril e durou cerca de dois meses, foi polarizante entre os profissionais da educação e os alunos da instituição, gerando diferentes opiniões sobre a entrada e a saída da greve.
Amanda Teixeira é estudante de psicologia na UFF-VR e teve reações mistas sobre a greve. Apesar de achar que o ato foi necessário para causar impacto para a causa da categoria, a aluna teve prejuízos com a paralisação.
"Por um lado, acho muito justo a luta e entendo totalmente as reivindicações porque a insatisfação existe desde 2016. Mas estou no último ano da faculdade e dependo de editais para seguir com meu plano de estudos; tenho planos de carreira acadêmica. A greve atrasou muitas coisas pra mim", explica.
A estudante acrescenta que a reposição do calendário após períodos de greve faz com que o cumprimento das disciplinas seja feito "às pressas", fazendo com que os alunos percam conteúdos importantes.
O calendário foi repassado aos alunos na última terça-feira (25), antes de ser aprovado. Para Amanda, ele foi planejado dentro das possibilidades da instituição, mas provavelmente prejudicará o andamento do segundo bimestre devido aos alunos estudarem até fevereiro do ano que vem.
A aluna, que está no último ano de graduação, não poderá participar de alguns processos seletivos de mestrado pelo atraso no calendário. "Pelo lado racional, eu apoiei a greve, mas foi difícil lidar com ela", considera.
Comunicação
Apesar da pausa nas aulas, o andamento de projetos de extensão e de estágios não foi interrompido durante a greve. Os alunos puderam acompanhar o andamento das negociações dos professores com o governo e foram informados sobre a possível data de retorno às aulas assim que esta foi definida.
"Pelo menos no meu curso, houve essa comunicação. Os professores da psicologia sempre nos atualizavam sobre os resultados das assembleias. Fizemos um grupo entre alunos e professores só para discutir a greve", declarou Amanda, dizendo ainda que algumas assembleias foram abertas e contaram com a participação do Movimento Estudantil da UFF, que também passava informações aos alunos.