Por Ana Luiza Rossi
Provando que talento não tem idade, a atleta de cela Rebeca Rosa, de apenas 12 anos, já possui em seu histórico um acervo com mais de 30 troféus e medalhas por competições a cavalo. A jovem amazona, que é de Volta Redonda, em menos de 3 anos de experiência, domina as competições regionais e chegou a alcançar o 2º lugar em um campeonato estadual. Com muito ânimo, ela já está em preparo para o próximo, de nível nacional.
Segundo relato de seus pais, Dilaine Eurico e Anderson Luiz, o interesse da filha por cavalos começou desde pequena, apenas como um hobby. "Desde os 6 anos ela pedia muito para andar. Quando foi seu aniversário de 7 anos, ela nos pediu para poder ir em um hotel fazenda, para andar a cavalo", afirma a mãe.
O amor por cavalos era tanto, que decidiram dar para Rebeca seu primeiro cavalo em 2021, quando tinha 9 anos. "Compramos um cavalinho, mas depois quando vimos, estávamos com cinco cavalos. Desde que compramos, não conseguimos mais parar", conta Dilaine e revela que, pelo desejo da filha, o pai também se realizou por gostar de cavalos.
"Desde criança gosto de cavalos. Na minha juventude, meu pai não me deixou mexer com cavalo, tive alguns e mexi, mas não pude realizar esse sonho de continuar. Então, tive a certeza que ela gostava quando ela juntou R$800 reais em um cofrinho e comprou sua primeira égua. A partir disso, começamos a investir nisso", contou o pai.
Início das competições
Com o incentivo de um pai de uma colega de Rebeca, a jovem resolveu, pela primeira vez, participar de uma competição no mesmo ano em que ganhou seu primeiro cavalo. E detalhe: ganhou em 1º colocação, em um evento amador em Conservatória. "Ela tem um dom natural. Ela nasceu com isto e para nós foi uma surpresa", conta a mãe em tom de orgulho.
Hoje, com seu pai acompanhando os treinamentos, Rebeca coleciona inúmeras competições, sendo as mais recentes e de destaque, a 39ª Expo Estadual do Rio de Janeiro, que ficou em segundo lugar como reservada campeã; em primeira colocação no Pampa Fest e Exposição Especializada do Cavalo Pampa de Porto Belo 2024, em Mangaratiba; e do Circuito de Marcha do Sul Fluminense, sendo campeã em Pinheiral, Rio Claro e Barra do Piraí.
Entre as modalidades, Rebeca compete em provas sociais, para apresentação do cavalo, em que o animal deve acompanhar a atleta em movimentos sutis; e a prova de esportes, que inclui a de 3 Tambores, 6 Balizas, 5 Tambores e de Maneabilidade.
Com seu talento, a jovem foi descoberta e convidada a integrar a equipe do centro de treinamento Haras Leque Azul, em Magé.
E agora, com o treinamento específico, Rebeca já se prepara para o próximo de nível nacional em Belo Horizonte, a 40ª Exposição Nacional do Mangalarga Marchador. A competição é a vitrine da beleza, marcha, raça e qualidade de sela do cavalo Mangalarga Marchador, além de reunir empresários, produtores rurais, profissionais liberais e pessoas ligadas ao agro.
Mas seus pais revelam que, mesmo com o nível da competição, a jovem não se intimida. "Parece que ela nasceu para esse negócio. Ela é muito dedicada nos treinos, então quando ela chega na competição ela vai bem tranquila. Ela entra para competir e, se ela alcançou o mérito de ganhar, beleza, se não alcançou, ela percebe no que falhou para treinar em casa e e em outra competição, corrigir aquilo", afirma Anderson.
- Buscamos realizar os sonhos dela. O futuro dela, ela que escolhe, mas o cavalo abriu portas. Pela qualidade de montaria e conhecimento, ela pode dar um curso de equitação, mas ainda é uma menina de 12 anos. Ela como criança, já tem uma mentalidade de profissional. O futuro dela, será bem sucedido - completou o pai.
Escola Municipal de VR
Além de Rebeca, outros talentos do mundo dos cavalos também participarão de campeonatos neste mês de julho. A equipe da Escola Municipal de Volta Redonda está certa para sua participação no Campeonato Brasileiro de Escolas e Aspirantes, que acontece entre os dias 25 e 28 de julho de 2024 em Curitiba (PR).
A escola, que fica sob responsabilidade da Fundação Beatriz Gama e é reconhecida pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) como a única escola pública de hipismo em atividade no Brasil.
