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Preços da gasolina e do gás de cozinha são reajustados

O anúncio do reajuste foi feito pela Petrobras nesta segunda; gasolina ficará R$0,20 mais cara | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por Lanna Silveira

Os valores do preço da gasolina e do gás de cozinha (GLP) foram reajustados nesta terça-feira, sofrendo um aumento 7,11% e 9,6%, respectivamente. O anúncio oficial da medida foi feito pela Petrobras no início da semana.

Com a alteração, o litro da gasolina ficará R$ 0,20 mais caro, custando cerca de R$ 3,01, enquanto o gás de cozinha aumentará R$ 3,10, com um botijão de 13 quilos saindo pelo valor de R$ 34.

O custo da gasolina ao consumidor está estimado em R$ 0,15 por litro. O preço estabelecido pelos postos pode variar dependendo de cada varejista, já que o valor do combustível também inclui as margens de lucro do comerciante e da distribuidora, além dos custos de transporte.

O último aumento da gasolina ocorreu em agosto de 2023. No último reajuste, em outubro, houve caso de redução de preços, com o litro custando R$ 2,81.

Já o gás de cozinha teve um aumento em 2022 e passou por duas reduções de preço no ano passado.

Insatisfação

O aumento do preço da gasolina desagradou quem consome o combustível diariamente. Anderson Gomes trabalha como motorista de aplicativo e afirma que o crescimento do valor diminuirá a margem de lucro da categoria, prejudicando ainda o gerenciamento de outros gastos.

"Manter a manutenção do carro é complicado e os valores de tarifas que cobramos já é muito sufocado. Com mais esse aumento, fica muito difícil fazer Uber", considera.

Pedro Carvalho, que utiliza seu carro diariamente em trajetos intermunicipais, ressalta que o reajuste da gasolina não tem impacto somente nos gastos dos motoristas, afetando também o preço de produtos essenciais e de outros serviços.

"O preço de coisas como alimentos e remédios também acabam aumentando devido ao custo de transporte, que depende do combustível. As taxas de entrega e os preços do Uber também vão aumentar. Todos os setores acabam sendo prejudicados", explica.

Daniel Andrade, que trabalha como motorista particular e de aplicativo, enfatiza que a porcentagem de reajuste da gasolina foi maior que a do salário-mínimo, de 6,9%.

Para ele, a diferença mostra a desvalorização do trabalho, visto que o aumento da renda mensal acaba sendo anulado pelo aumento dos custos dos produtos. O motorista também diz que a mudança terá impactos na rotina de quem trabalha como motorista.

"Pra conseguir o mesmo rendimento que eu conseguia antes desse aumento de preço, eu vou precisar ficar mais tempo na rua trabalhando", aponta.