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Fábrica estimula debates sobre as desigualdades entre as mulheres

Unidade de Resende emprega mais de 3 mil pessoas | Foto: Cris Oliveira

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha é celebrado nesta quinta-feira, dia 25 de julho. Sua origem remonta a 1992, quando foi realizado o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas, em Santo Domingo (República Dominicana), para propor a união entre elas e o combate ao racismo e ao machismo que sofrem.

Desde então, a data marca um importante momento de reflexão sobre essas violências estruturais. Tendo isso em vista, a Nissan do Brasil, por meio de seu grupo voluntário de Equidade Racial e da área de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), está promovendo internamente uma série de painéis denominados "Conexões Negras". O objetivo é estimular o debate e dar visibilidade à luta e as conquistas dessas mulheres.

Além de conscientizar e sensibilizar os funcionários da Nissan a respeito dessas questões, em mais um passo da marca em sua jornada de proporcionar um ambiente cada vez mais inclusivo, a ação busca destacar trajetórias de sucesso de mulheres negras para empoderar outras a perseguirem suas metas profissionais.

Convidados podem participar

O debate também abre um canal para que as convidadas e participantes tenham a chance de tratar das barreiras sistêmicas e do preconceito que já enfrentaram em suas carreiras.

No total, serão 3 painéis: um deles ocorrerá amanhã, dia 25, e dois já aconteceram na última sexta-feira, dia 19, no Complexo Industrial de Resende.

Na sua fábrica, onde os debates foram presenciais, a marca japonesa interrompeu a produção nesses momentos em prol do treinamento. O "Conexões Negras" contou com a participação de mais de 300 trabalhadores, divididos em duas sessões, uma para atender a cada turno da manufatura.

Histórias do dia a dia

Adriele Santiago está na equipe de Marketing da Nissan do Brasil há cinco anos. Antes disso, atuou em grandes empresas no setor de varejo alimentar. Tem uma década de experiência na área, com formação em Marketing e pós-graduação em Branded Content. Esse período permitiu que ela aprendesse a lidar com as barreiras do machismo e do racismo no ambiente corporativo, mas o caminho não foi fácil.

Lucinéia Oliveira, por sua vez, está na Nissan desde 2013 e é supervisora de produção do Complexo Industrial de Resende há cinco anos. É graduada em Administração de Empresas e tem formação técnica em Mecânica Industrial. Para ela, o encontro foi importante porque serviu de inspiração e motivação para outras mulheres. Ela sentiu que mudou a maneira como os colegas a enxergam.