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Crise hídrica fará Angra desembolsar R$ 6 milhões

Antecipando consequências mais graves, a gestão pública começou a agir ainda em agosto | Foto: Divulgação/PMAR

Ao menos R$ 6 milhões devem sair dos cofres públicos da Prefeitura de Angra dos Reis para manter o abastecimento de água no município, que decretou estado de emergência hídrica nível 1. Segundo o poder público, 31 caminhões-pipa estão sendo utilizados, desde agosto, para reforçar a distribuição de água em áreas mais críticas.

A água utilizada pelos caminhões é retirada dos bairros Grataú e Bracuí, menos afetados pela crise. A água recebe tratamento antes de chegar à população. O Saae realiza análise laboratorial e complementa o tratamento com cloro granulado em cada caminhão-pipa. Os veículos abastecem pontos específicos da rede de distribuição ou os reservatórios do Saee.

Racionamento de água

O fornecimento nos bairros em situação mais crítica está sendo feito de forma intermitente, desde agosto, com ciclos alternados para garantir o atendimento a todos os moradores. O racionamento não afeta hospitais e unidades de saúde localizadas nesses bairros, já que estes possuem redes de abastecimento próprias, segundo prefeitura.

Motivo da crise

A prefeitura explica que a crise é consequência de uma grave estiagem que afeta a cidade desde abril deste ano. Os volumes de precipitação registrados nos últimos meses estão abaixo do comum para o município. A gestão municipal também reconhece dificuldades no abastecimento de água, devido ao baixo volume dos rios que normalmente abastecem a cidade.

Com relação a questão do turístico do município, com grande força na Costa Verde, a prefeitura não informou quais medidas serão tomadas para que o setor não seja impactado. Angra é visitada por viajantes do mundo inteiro durante todo o ano, principalmente em épocas festivas. O Correio Sul Fluminense pediu informações à prefeitura, mas não obteve resposta.