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Especialistas alertam sobre como lidar com choques elétricos em casa

Acidentes ficam recorrentes devido ao período natalino | Foto: Freepik

"É assustador. Fiquei muito nervosa só de sentir a corrente passando para a minha mão. Mas, consegui largar o fio a tempo senão, com certeza, o estrago seria maior e eu teria que ir para o hospital", contou Angela Lindoso, de 53 anos. Durante a simples tarefa de organizar as luzes de natal na sala de casa, ela acabou passando por uma experiência de dor e susto. O alerta de segurança e risco de choques elétricos fica ainda mais válido no período natalino, em que muitos já começam a enfeitar suas casas com luzes e decorações festivas.

Especialistas alertam que o uso inadequado de extensões, a sobrecarga de circuitos e a utilização de itens não certificados para decorar os ambientes podem aumentar consideravelmente o perigo. "Alguns sinais comuns incluem disjuntores que desarmam com frequência, luzes que piscam ou oscilam, cheiro de queimado próximo a tomadas ou fios expostos. Outro alerta é o aquecimento excessivo de interruptores ou tomadas. Nessas situações, é essencial evitar improvisos e chamar um eletricista", explica o professor de Engenharia da Estácio, Glauber Alves.

Ao tentar pendurar uma cortina de luzes na parede da sala, Angela, que é hipertensa, conta que estava com o produto ligado nas mãos quando sofreu o choque. "Queria ver como as luzes ficariam instaladas e não me dei conta do risco. Senti uma dor muito forte na mão e uma sensação de pressão, até que consegui me soltar. Fiquei com muito medo de que a corrente passasse para o meu coração", recordou a dona de casa.

Após o choque

"É preciso verificar se a rede elétrica já está desligada, para dar o suporte. Observe os sinais vitais, especialmente o pulso e os batimentos cardíacos, que podem estar desorganizados devido ao choque. Toda vítima de choque elétrico tem que fazer o ECG (eletrocardiograma). Além disso, deve-se monitorar o pulso durante pelo menos 5 dias consecutivos e a observar sinais como taquicardia, que é batimento cardíaco acelerado, ou bradicardia, o batimento desacelerado", orienta a professora do curso de Enfermagem da Wyden, Raquel Borges.

E para garantir a segurança dela e a de quem mais quiser deixar o ambiente iluminado para o Natal, o professor de engenharia tem dicas valiosas. "Usem luvas isolantes, sapatos com solado de borracha e ferramentas com cabos isolados, como alicates e chaves de fenda. Considere também usar um multímetro para verificar se há corrente antes de tocar nos fios. Recomendo ainda o uso de óculos de proteção, especialmente ao instalar ou remover lâmpadas, para evitar acidentes com estilhaços em caso de quebra", finaliza Glauber.