Por Redação
O início da gestão em Barra do Piraí tem sido, no mínimo, polêmica. Enquanto a atual prefeita, Kátia Miki, afirma que a cidade acumula uma dívida bilionária, o ex-prefeito, Mario Esteves, desmente. Um dos valores negados por Esteves, por exemplo, seria a dívida de pouco mais de R$ 70 milhões com a concessionária de energia Light anunciada pela prefeita nesta última terça-feira (13).
- O advogado e ex-Procurador-Geral, Marcelo Macedo Dias, desmente a falsa dívida de R$ 70 milhões com a Light. Ele esclarece que a maior parte da dívida foi contraída antes de 2016 e o valor jamais chega perto desta mentira - disse o ex-prefeito, em suas redes sociais, onde também publicou documentos. Ainda, Esteves afirma que a atual gestão "propagou o valor inflado" e que a dívida real com a concessionária, na verdade, não ultrapassaria de R$ 10 milhões, que correspondem aos anos de 2011 a 2016.
Outra dívida questionada por Esteves foi com relação ao déficit no Fundo da Previdência, divulgado por Miki, que somava nada mais nada menos que R$ 574 milhões. "Trata-se de um conceito de déficit atuarial, criado no governo de Maércio de Almeida, referente a projeções futuras. Não é uma dívida real e, muito menos, uma pendência da nossa gestão. E pior, não há nenhum documento que comprove tais acusações", defendeu.
Aliás, o ex-prefeito não mediu palavras para expressar seu descontentamento e rebateu: "agora, trabalhem. Vocês já não são mais a pedra, agora são vidraça".
Entenda o caso
Em seu oitavo dia útil no Executivo, a prefeita de Barra do Piraí, Kátia Miki, convocou uma coletiva de imprensa para anunciar que pegou o município com uma dívida de mais de R$1 bilhão para vários credores. Entre as principais dívidas, estaria o valor de R$574 milhões que correspondiam ao Fundo de Previdência de servidores públicos. Os números foram apresentados por Kátia, ao lado do vice-prefeito Cristiano Almeida nesta terça-feira, dia 13, no auditório da UniFAA (Centro Universitário de Valença).
Durante a apresentação, a prefeita afirmou que no período de transição - que foram os últimos 90 dias de 2024 - não teve acesso a qualquer tipo de planilha, gastos ou contratos. Foram apresentadas despesas com Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), Sebrae, Light, precatórios do Tribunal de Justiça e Tribunal Regional do Trabalho, entre outros.
Para reverter o cenário, ela criou o programa "Recupera Barra do Piraí", que focou em diretrizes e ações necessárias de despesas correntes. Entre os destaques para melhorar a arrecadação, ela afirmou que irá facilitar o pagamento dos tributos municipais, explorar mais a área de Ipiabas para o turismo, investir em economia criativa, ceder um galpão do bairro Belvedere para receber uma nova empresa e também contar com emendas e repasses do Estado e também da União. A prefeita chegou a cogitar, inclusive, a venda de patrimônios para o aporte da dívida com o Fundo de Previdência.