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CORREIO DO VALE: IA foi usada no processo de licença de Angra 1

Inteligência artificial contribuiu para licença de Angra 1 | Foto: Divulgação/Eletronuclear

A utilização de inteligência artificial foi uma das contribuições importantes para a renovação da licença de operação da usina nuclear Angra 1 por mais 20 anos. A principal contribuição da IA foi calcular a temperatura de equipamentos elétricos e de instrumentação e controle importantes para a segurança de Angra 1, que são qualificados para executarem estas funções. É importante mencionar que a exposição ao calor é o principal fator que determina a vida qualificada destes componentes. Além de aumentar a eficiência operacional, a inovação atesta a capacidade de implementação de novas tecnologias em Angra 1.

 

Operação garantida até 2044

A renovação da licença operacional da usina Angra 1 possibilita a continuidade das operações até dezembro de 2044. A primeira usina nuclear brasileira iniciou sua operação comercial em 1985 e conta com um reator de água pressurizada, o mais usado no mundo. A potência instalada é de 640 megawatts, o suficiente para suprir uma cidade com dois milhões de habitantes. Em 2023, a usina gerou 4,78 milhões de MWh, com um fator de carga de 88,24%, equivalente a 322 dias de operação em capacidade máxima por ano.

Verificação da vida útil

O Sistema de Vida Qualificada (SVQ), desenvolvido pelo Laboratório de Monitoração de Processos (LMP) da COPPE-UFRJ e operado pelo corpo técnico da Eletronuclear, auxiliou no processo de determinar a vida útil de equipamentos da usina. A metodologia utilizada pelo SVQ se baseia em redes neurais profundas - modelo de aprendizado utilizado por softwares inspirado na forma como o cérebro humano processa informações. O SVQ utilizou dados obtidos de sensores de temperatura instalados a partir de 2015 na usina.