Por:

Moradores de Barra do Piraí reclamam sobre transporte público

Relatos envolvem atrasos, superlotação e precariedade | Foto: Divulgação

Os moradores de Barra do Piraí que dependem diariamente do transporte público para trabalhar em Volta Redonda e Barra Mansa enfrentam uma série de dificuldades de deslocamento com a Viação Aparecida, empresa responsável pelo serviço. As reclamações dos passageiros apontam problemas como ônibus quebrados, superlotação, atrasos frequentes e condições precárias dos veículos.

Segundo relatos, a qualidade do transporte tem se agravado desde a pandemia; época em que a empresa reduziu a frota sob a justificativa de restrições sanitárias. No entanto, mesmo após a liberação das medidas de controle, a normalização dos horários e da quantidade de veículos prometida pela viação nunca ocorreu. Por consequência, a rotina dos passageiros no transporte público passa por inconveniências, como a alta frequência de falha mecânica nos ônibus que muitas vezes os deixam presos em estradas.

Além da redução da frota, os usuários denunciam a falta de manutenção dos veículos. Muitos relatam a presença de baratas dentro dos coletivos e destacam que panes mecânicas são constantes. "A sorte é que ainda não aconteceu nenhum desastre. Todos os dias nos colocamos em perigo por negligência da empresa, que além de cobrar um preço absurdo pelo serviço prestado, parece não se importar com os passageiros e nem com seus próprios funcionários", desabafa um morador.

Outro problema recorrente relatado é o descumprimento dos horários. Passageiros informam que, apenas no último mês, três ônibus quebraram na rodovia entre 5h e 7h em três dias consecutivos. Isso gera atrasos frequentes que, muitas vezes, interferem na pontualidade dos usuários.

O trajeto de retorno para Barra do Piraí também é prejudicado por superlotação e pelos veículos que são retidos na balança por excesso de peso. "É muito ruim você sair às 17h do trabalho, cansado, e ter que esperar horas por uma condução. Já cheguei em casa às 20h ou 21h por falta de ônibus. Quando passa, o motorista muitas vezes nem para porque o coletivo já está lotado. E agora, com a fiscalização na balança, é pior ainda", lamenta um passageiro, que preferiu não se identificar.

Esclarecimento

O Correio Sul Fluminense entrou em contato com a Viação Aparecida para buscar esclarecimentos sobre as denúncias feitas pelos passageiros. Não houve retorno até o fechamento desta edição. O jornal deixa aberto o espaço para uma manifestação futura da empresa sobre o assunto.