A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD) realizou as matrículas para os cursos de Libras (Língua Brasileira de Sinais), oferecidos de forma gratuita graças à parceria entre a SMPD, a Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda) e o UGB (Centro Universitário Geraldo Di Biase).
Segundo a subsecretária da Pessoa com Deficiência, Eliete Guedes, quase 900 pessoas se inscreveram para os cursos, com grande procura, em especial, para os níveis Básico 1 e 2. No caso dos inscritos para a classe Intermediária, aqueles que possuem diploma do nível Básico realizado fora dos cursos da SMPD precisam passar por uma entrevista para avaliar se estão qualificados, ou se precisam cursar novamente as classes básicas oferecidas pela secretaria.
- Tivemos uma procura muito grande, e, dependendo do total de matriculados, vamos tentar contratar professores de Libras para abrir novas turmas - explica Eliete.
Horários
Os cursos oferecidos buscam contemplar o maior número possível de horários, com as aulas acontecendo no campus Aterrado do UGB ou no Colégio Professora Delce Horta Delgado, no mesmo bairro. Para as turmas dos níveis Básico, por exemplo, serão oito turmas, todas com 35 alunos: cinco delas serão à noite, de segunda a sexta-feira; outras duas serão na sexta-feira - uma pela manhã e outra à tarde; e a última delas no sábado de manhã.
Também com 35 alunos, o nível Intermediário terá três turmas: uma na terça à noite, e duas na sexta-feira, pela manhã e à noite. A classe do nível Avançado terá aulas na sexta à tarde, para 35 matriculados; já a turma do nível de Capacitação terá 20 alunos, com aulas nas sextas-feiras à tarde. A SMPD ainda vai definir o início das aulas, que terão três horas de duração e devem se estender por todo o ano.
- Quem passar por todos os níveis será considerado apto a ser um profissional intérprete de Libras. Além de ser uma oportunidade de emprego, vai ajudar muito na comunicação das pessoas surdas, que, dependendo da situação, encontram muitas dificuldades para se fazerem entender - diz Eliete.
Uma das professoras dos cursos, Juliane Brizola, conta que já passou pela situação de receber uma medicação errada devido à dificuldade na comunicação. "Nós precisamos nos comunicar em todos os lugares, às vezes em uma situação de emergência. Queremos viver normalmente em sociedade, como todos", concluiu.