Danuza Leão, que fez carreira como uma das modelos e colunistas mais destacadas de sua geração, morreu nesta quarta-feira, aos 88 anos.
Ela sofria de enfisema pulmonar e teve uma insuficiência respiratória. Estava internada na clínica São Vicente, na zona sul do Rio de Janeiro.
Conhecida na juventude pelas passarelas e pela produção de festas badaladas, ela deu uma guinada posterior em direção ao colunismo de comportamento e estilo de vida. Escreveu para este jornal por mais de uma década, até que a colaboração foi encerrada em 2013.
Entre seus principais livros, se destacam reuniões de crônicas como "Na Sala com Danuza", volumes de comportamento como "É Tudo Tão Simples" e a autobiografia best-seller "Quase Tudo", publicada em 2005.
A vida pessoal de Danuza sempre foi alvo do interesse das páginas de celebridades. Além de irmã de outro ícone cultural, a cantora Nara Leão, ela foi casada com o influente jornalista Samuel Wainer, fundador do revolucionário jornal Última Hora, depois com o cronista e compositor Antônio Maria e com o jornalista televisivo Renato Machado, que fez carreira na Globo.
Danuza também fez colaborações como roteirista na mesma emissora. Ainda que sua relação com filmes e televisão tenha sido lateral, sua carreira também ficou marcada pela participação num dos filmes mais importantes da cinematografia brasileira, "Terra em Transe", de Glauber Rocha.
Deixa dois filhos, a artista plástica Pinky Wainer e o empresário cinematográfico Bruno Wainer. Seu filho Samuel Wainer Filho, jornalista como o pai, morreu num acidente automobilístico em 1984.