Por Affonso Nunes
Maria Rita, uma das cantoras mais populares do Brasil, completa 43 anos neste sábado (9) e decidiu comemorar junto aos fãs fazendo o que mais gosta: cantar sambas. E a festa tem hora pra começar: 21h no palco do Vivo Rio. Depois, é só alegria.
Desde que lançou o álbum "Samba Meu", em 2003, Maria Rita transita com imensa desenvoltura no universo do samba e hoje está consolidada como uma das grandes artistas do gênero. A partir desta ligação afetiva, a cantora criou o "Samba da Maria", projeto que vem percorrendo diversas cidades do Brasil e do mundo desde 2015.
O repertório traz sucessos de sua discografia, como "Tá Perdoado", "Maltratar Não é Direito" e "Num Corpo Só", além de clássicos imortalizados nas vozes de grandes nomes da música brasileira, como Beth Carvalho ("Vou Festejar"), Jorge Aragão ("Coisa de Pele", "Lucidez"), Clara Nunes ("Juízo Final"), Gonzaguinha ("É", "O Homem Falou"), Elis Regina ("O Bêbado e a Equilibrista") e Arlindo Cruz ("O Meu Lugar"), entre outros.
Uma das maiores e mais premiadas vozes da música brasileira, Maria Rita começou a cantar profissionalmente aos 24 anos depois de um período de estudo em Nova York (EUA). Ela resolveu voltar para o Brasil e se dedicar ao mesmo ofício de seus pais, a genial cantora Elis Regina (1945-1982) e do pianista e arranjador César Camargo Mariano. Seu primeiro álbum, "Maria Rita" (2003), com 13 canções, trouxe ritmos brasileiros integrados a influências do jazz e do hip hop, do tempo que morou nos EUA. E a semelhança entre timbre e o da mãe abriu-lhe as portas do sucesso, vendendo um milhão de cópias do disco, que rendeu a ela três Grammy Latino, nas categorias Melhor Álbum de MPB, Melhor Canção em Português ("A festa") e de Revelação do Ano - a única artista do país até hoje a vencer um troféu nesta categoria.
Mas em 2007, a cantora se entregou completamente ao samba com o álbum "Samba Meu". O trabalho conquistou muitos prêmios, incluindo o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Samba/Pagode.
"Quando eu morava fora do Brasil, cursei Comunicação Social e Estudos Latino-americanos e entrei nesse universo da América Latina. Vi santeria, o candomblé de Cuba, essa questão da religiosidade de matriz africana com uma força muito grande. Isso foi chegando com mais força para mim, inclusive através da música e muito fortemente através do samba. O samba tem o batuque, tem a ancestralidade. Tenho sido recebida pelo samba com tanto amor, com tanta parceria, com tanto aconchego", disse a cantora em entrevista ao jornal O Tempo no ano passado.
De lá para cá, depois de oito trabalhos de estúdio e cinco DVDs - vários deles, de platina - recebeu outros quatro gramofones da prestigiosa premiação, o mais recente em 2018, o de Melhor Álbum de Samba, com "Amor e Música", além de acumular uma vasta coleção de prêmios em outras cerimônias, como o Multishow, TIM, APCA, entre outros.
SERVIÇO
MARIA RITA - SAMBA DA MARIA
Vivo Rio (Av. Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo) | 9/9, às 21h
Ingressos entre R$ 70 e R$ 280