25 anos de braços abertos para o melhor do cinema

Começa hoje uma edição comemorativa de um quarto de século do Festival do Rio, que vai desfilar cerca de 300 produções inéditas nas telas do país

Por Rodrigo Fonseca (Especial para o Correio da Manhã)

Aberto com uma visita de Forest Whitaker, numa sessão de gala de "Ghost Dog" no Odeon e uma retrospectiva invejável da obra de John Cassavetes (1929-1989), há 25 anos, o Festival do Rio garantiu ao Brasil visibilidade na rota internacional dos grandes estúdios e das produtoras mais indies ao construir uma história de louvação à autoralidade.

É invejável a lista de estrelas e cineastas que vieram aqui, em um quarto de século do evento, da belga Agnes Varda (1928-2019) ao portenho Ricardo Darín, incluindo o americano Alexander Payne, a francesa Irène Jacob, as inglesas Charlotte Rampling e Kelly Reilly, o dinamarquês Bille August, os poloneses Roman Polanski e Jerzy Skolimowski, o cubano Fernando Pérez e a espanhola Marisa Paredes. Até a diva da Nouvelle Vague, Jeanne Moreau (1928-2017), congraçou-se com o icônico Cacá Diegues no palco do Odeon, palco esse que receberá, hoje, a deleção do longa-metragem animado "Atiraram no Pianista", da Espanha, no abre-alas de sua edição 2023.

Daqui até o dia 15, cerca de 300 títulos de 30 países terão espaço nobre em telas dos mais variados cantos da cidade, sobretudo no Estação Botafogo, Estação NET Rio e Estação NET Gávea. Medalhões como Lucia Murat, Julio Bressane, Luiz Fernando Carvalho e Luiz Carlos Lacerda se espalham pela Première Brasil, ao lado de novos talentos, como Lillah Halla, André Novais Oliveira, Luciana Bezerra, Carolina Markowicz, Silvio Guindane e Leonardo Martinelli. Laís Bodanzky ("Como Nossos Pais") comanda o júri da competição oficial.

Nas páginas seguintes, o Correio da Manhã preparou um mapa da mina para o que de melhor vai estar ao alcance das telas.