Agendada para o domingão, no Beverly Hilton Hotel, na Califórnia, a cerimônia da Golden Globe Foundation será comandada pela comediante Nikki Glaser e pode ser vista no Brasil pela TNT e pela plataforma Max, a partir das 22h. O evento reforça os esforços de sua organização para espantar demônios que assombraram o troféu quando este era oferecido pela Hollywood Foreign Press Association (HFPA), inaugurada em 1943.
A primeira cerimônia em que o Globo de Ouro foi concedido ocorreu há 81 anos, no estúdio 20th Century Fox, de olho nos magnatas da indústria. Seu primeiro vencedor foi "A Canção de Bernardette", que venceu nas disputas de Melhor Filme, Direção (Henry King) e Atriz (Jennifer Jones).
O troféu, caracterizado por uma reprodução da esfera terrestre rodeada por uma película de filme cinematográfico, teve vários designers ao longo das últimas oito décadas. A versão distribuída atualmente pesa cerca de 3,5 quilos. É feita de latão, zinco e bronze, e mede 11,5 polegadas, acoplando-se a uma base retangular, vertical, de notável elegância. De 1950 até 2022, guerras internas - de egos e de condutas profissionais questionadas em parâmetros éticos - quase levou a festa de entrega dessa estatueta à extinção, sob a acusação de abusos de poder, falta de representatividade (das populações negras, asiáticas, indígenas) e sexismo.
A ameaça de cancelamento reinou sob as cabeças da HFPA até uma revitalização, em 2023, o que deu ao contingente de profissionais de mídia envolvidos em sua realização (334 jornalistas, de 85 países) a chance de recomeçar, alinhada com os pleitos mais urgentes da contemporaneidade. Daí a força de ter uma estrela do quilate de Viola como homenageada.