FGV Arte, boas vindas!

FGV cria espaço de experimentação artística, sob orientação de Paulo Herkenhoff

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Obras da exposição 'A Quarta Geração Construtiva no Rio de Janeiro', em cartaz na FGV Arte

Quarenta e sete artistas contemporâneos ocupam a partir desta segunda-feira (11) o térreo da Fundação Getúlio Vargas numa exposição que marca o lançamento do FGV Arte, um novo espaço cultural para a cidade.

Com curadoria de Paulo Herkenkoff, a FGV Arte será um espaço voltado à valorização e experimentação artística e a debates contemporâneos em torno da arte e da cultura, buscando incentivar o diálogo com setores mais criativos e heterogêneos da sociedade.

A iniciativa pretende conectar, a partir de projetos artísticos, as escolas da FGV, tais como a Escola Brasileira de Administração Pública, a Escola de Economia, a Escola de Matemática Aplicada, a Escola de Ciências Sociais (CPDOC) e a Escola de Comunicação, Mídia e Informação. A FGV Arte prevê ainda seminários, oficinas metodológicas e cursos práticos de formação para as artes.

A exposição inaugural foi intitulada de "A Quarta Geração Construtiva no Rio de Janeiro" e ficará em cartaz, com entrada gratuita, até novembro de 2023.

Na abertura, às 17h, será lançado o livro "Rio XXI Vertentes Construtivas", também sob a concepção de Herkenhoff, que além de organizar a publicação, dirigiu o projeto editorial junto ao artista e designer gráfico Fernando Leite.

"Ainda na década de 1940, a FGV promoveu um curso pioneiro no âmbito artístico que possibilitou a formação especializada para o campo gráfico - em forte expansão à época. A FGV Arte resgata a tradição de incentivo à arte da Fundação, buscando encorajar e desenvolver ainda mais o setor cultural no Rio de Janeiro", avaliza o presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen Leal.

Para Sidnei Gonzalez, diretor da FGV Conhecimento, "o novo espaço abre com a intenção de apoiar a arte contemporânea brasileira e carioca".

Durante a abertura da FGV Arte, a esplanada da FGV será palco de um concerto com metais e percussão da Orquestra Sinfônica Brasileira. O repertório cria uma cronologia da música carioca, de Villa-Lobos ao funk. E, pela primeira vez, a abóbada do auditório, projetado por Oscar Niemeyer, receberá um mapping original criado pela SuperUber, a partir das inspirações conceituais e das referências da exposição em cartaz. As projeções sobre a abóboda acontecem de segunda a sexta-feira (15), das 18h às 21h.

"A Quarta Geração Construtiva no Rio de Janeiro" reúne 47 artistas cariocas: de origem, por adoção ou visitantes marcados pela cidade, sem limite geracional ou de linguagem, e sob curadoria de Paulo Herkenhoff, que definiu a cidade no século XXI "com novas perspectivas no campo social de circulação da obra de arte".

Para Herkenkoff, o processo construtivo, retratado na exposição, permanece fortemente na cidade, com práticas contemporâneas em andamento. Foi a partir daí que Herkenkoff estabeleceu o conceito de "quarta geração construtiva": "O século XXI coincide com a quarta geração construtiva, a etapa de maior abertura experimental da relação com a matemática, a topologia, o número, o acaso e improvisos, desastres e a crise do poder, num emaranhado de agendas políticas e conceituais, processos de subjetivação, a explosão do olhar da periferia e um novo ethos, a crítica institucional, a geometria sensível da América Latina, introdução de signos materiais da arte inauditos e o quase nada e o zero".

SERVIÇO

A QUARTA GERAÇÃO CONSTRUTIVA NO RIO DE JANEIRO

FGV Arte (Praia de Botafogo, 190)

De 11/9 até 30/11, de segunda a sexta (10h às 20h) e sábados e domingos (10h às 18h) | Entrada gratuita