Uma exposição viva
Em cartaz na FGV Arte, 'A Quarta Geração Construtiva no Rio de Janeiro' recebe novas obras
Em cartaz desde setembro de 2023, na FGV Arte, espaço de experimentação e pesquisa artística da Fundação Getulio Vargas, a mostra "A Quarta Geração Construtiva no Rio de Janeiro" recebeu novas obras. O curador Paulo Herkenhoff traz nomes consagrados como Adriana Varejão e Beatriz Milhazes para reafirmar a complexidade e a potência do que ele chama de "quarta geração construtiva".
"Esta exposição é um processo vivo, em andamento, aberto a novas descobertas, e uma prova de que o trabalho curatorial não se encerra no dia da inauguração de uma mostra", avisa Herkenhoff.
Os artistas que passam a integrar a exposição surpreenderam com seus programas e irão ampliar questões plásticas e políticas do conjunto . Além de Adriana Varejão, com a pintura Roda de cores, que celebra as diversas cores e identidades brasileiras, e Beatriz Milhazes, que incorpora a festividade das cores da cidade do Rio de Janeiro com a serigrafia Flower swing, estarão Antonio Ton, que recorre ao desenho de quadras esportivas para intervenção na galeria que coloca em pauta o diálogo com a juventude periférica; Elle de Bernardini, que cruza geometria e ritmos visuais com questões de gênero; Júlia Otomorinhori'õ Xavante, a(r)tivista indígena da aldeia Maracanã, que utiliza técnicas ancestrais para reivindicar o presente; Miguel Afa, que homenageia as pipas e a alegria das crianças do Rio, e Bob N, com uma pintura geométrica. As obras desses artistas se somam às já em cartaz desde setembro.
A exposição reúne agora 57 artistas cariocas de origem, de adoção ou visitantes marcados pela cidade, sem limite geracional ou de linguagem. Herkenhoff define a cidade no século XXI "com novas perspectivas no campo social de circulação da obra de arte", o conceito de "quarta geração construtiva" se refere a um momento de "maior abertura experimental da relação com a matemática, a topologia, o número, o acaso e os improvisos, os desastres e a crise do poder, num emaranhado de agendas políticas e conceituais, processos de subjetivação, explosão do olhar da periferia, novo ethos, crítica institucional, geometria sensível da América Latina, introdução de signos materiais inauditos da arte, o quase nada e o zero".
SERVIÇO
A QUARTA GERAÇÃO CONSTRUTIVA NO RIO DE JANEIRO
FGV Arte (Praia de Botafogo, 190)
Até 25/2, de segunda a sexta (10h às 20h) e sábados e domingos (10h às 18h) | Entrada franca