A FGV Arte, espaço experimental e de pesquisa artística da Fundação Getulio Vargas, inaugura a exposição "Brasília, a Arte da Democracia, sob curadoria de Paulo Herkenhoff, nesta sexta-feira (12), a partir das 18h.
Durante os últimos quatro anos, Herkenhoff levantou um material tão extenso que precisou dividir em etapas. A de Brasília, a arte da democracia reúne artistas das cinco regiões do país, que recorrem a uma vasta diversidade de técnicas e modos de vivenciar a arte, "como 'exercício experimental da liberdade', conforme o aforismo de Mário Pedrosa, considerado o maior crítico de arte de todos os tempos", lembra o curador.
São 180 itens de 80 artistas, incluindo documentos, como o diploma de Candango, conferido aos operários, que levantaram a nova cidade, por Juscelino Kubitschek, presidente do Brasil, de 1955 a 1961, responsável pela construção da nova capital e a transferência do poder do Rio para o planalto central; o croqui do plano piloto assinado por Lúcio Costa e o manuscrito de Oscar Niemeyer sobre o monumento JK.
"A conceituação desta exposição perfaz um arco histórico, desde a criação da cidade até os atuais movimentos em defesa da democracia e da liberdade. Se Brasília é uma epopéia notável no plano internacional, sua história da cultura se desdobra, ao longo de seis décadas, por brasilienses e por brasileiros de todos os recantos", descreve o curador.
Em exibição, trabalhos de artistas contemporâneos como Cildo Meireles, Vik Muniz, Rosângela Rennó, Anna Maria Maiolino, Carlos Zílio, Jonathas de Andrade, Daiara Tukano, Adriana Cariu, Xadalu, Pedro Motta, Bené Fonteles, Siron Franco; fotos de Evandro Teixiera, Milton Guran, Leonardo Finotti, Orlando Brito, Ricardo Stuckert, Joaquim Paiva; livros de Elio Gaspari, Nicolas Behr e Raúl Antelo (sobre Maria Martins e Duchamp); mobiliário de Oscar Niemeyer, Sérgio Rodrigues, Lina Bo Bardi, Bernardo Figueiredo e Zanine Caldas; obras de consagrados como Maria Martins, Marcel Duchamp, Guignard, Mary Vieira, Ceschiatti e Rubem Valentim; uma foto-instalação, com 42 imagens geradas por IA, de Christus Nóbrega, que reimagina utopicamente os personagens e o processo de edificação da capital federal.
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