Não se pode prever o resultado do desfile das escolas de samba, mas é fato que a Portela acertou em cheio ao embarcar num term azul com seu enredo "Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol - Uma homenagem a Milton Nascimento". E é neste clima de homenagem a este gigante da música brasileira, um artista de reconhecimento mundial, que a Portela se apresenta nesta quinta-feira (13), às 21h, no Vivo Rio, tendo Teresa Cristina, a Velha Guarda da escola e convidados especiais, a começar pelo próprio Bituca.
Além de Milton, outro grandes nomes da MPB confirmaram presença nesta noite que se veste de azul para celebrar o artista cuja obra atravassou a esquina das ruas Paraisópolis e Divinópolis, em Belo Horizonte, para conquistar o Brasil e o mundo. São eles: Simone, Criolo, Maria Gadú e Roberta Sá. Uma noite única, onde o samba e a MPB se encontram para celebrar a grandeza de Milton e da Portela.
"É uma honra tremenda homenagear a Portela e Milton Nascimento, duas grandiosidades do Brasil - ainda mais com a presença dele no palco e da Velha Guarda, com quem tive o prazer de dividir momentos emocionantes em 2024. Tenho certeza de que juntos faremos um show inesquecível para celebrar Bituca, esse artista gigantesco e de profunda importância para todo brasileiro. E tudo se torna ainda mais especial ao lado de artistas que admiro imensamente", destaca Teresa Cristina.
Portelense de corpo e alma, Teresa Cristina tem a escola entrelaçada com sua carreira iniciada em 1997 com um show dedicado a Candeia. Desde então, lançou nove álbuns, participou de diversos projetos e se tornou uma referência na valorização do samba. Em 2024, protagonizou três apresentações em homenagem aos 100 anos da Portela.
E neste novo espetáculo, ela recebe Milton e convidados para interpretar clássicos do homenageado, além do samba-enredo que diz "Nessa estrada, é sonho, é poeira / Passa o trem azul, sigo em paz / Feito Rio… só me leva / Pra Deus filho de Maria / Tantos mares em um cais". O repertório dessa noite em tons de azul trará ainda hinos imortais da escola, como "Das Maravilhas do Mar, Fez-se o Esplendor de Uma Noite", campeão de 1981, e obras-primas de bambas do naipe de Paulinho da Viola, Candeia, Zé Keti, Clara Nunes e Monarco.