Por: Rodrigo Fonseca | Especial para o Correio da Manhã

CRITICA / FILME / Ó PAI Ó 2 | Micareta da inclusão

Roque (Lázaro ramos) busca as forças de Iemanjá pra salvar sua turma | Foto: Divulgação

Alegoria antirracista capaz de desafiar os limites do realismo na manifestação do musical e nas ações de orixás sobre o Pelourinho, "Ó Paí Ó 2" é uma tardia, porém, bem-vinda sequência do longa homônimo de Monique Gardenberg, de 2007, agora confiado à diretora Viviane Ferreira, do aclamado "Um Dia Com Jerusa" (2020).

É a leveza da montagem de Natara Ney e Guta Pacheco que assegura ritmo a uma narrativa painelista, lotada de personagens, garantindo a cada um espaço para solar. Na direção de fotografia cálida de Lílis Soares, bem afinada com a direção de arte Raquel Rocha, o colorido da Bahia ilumina uma comédia de costumes sobre um grupo de moradores de um cortiço que busca debelar a pobreza.

O estopim da trama é o drama da comerciante Neuzão (Tânia Tôko, luminosa em cena) diante da perda de seu bar para um grupo sul-coreano. Sua vizinhança vai se mobilizar para ajuda-la, sob os auspícios de Roque (Lázaro Ramos, um sol em cena), um compositor que briga para ter seu crédito na autoria de um hit. Na Festa de Iemanjá, esse povo todo vai buscar livramento. (R.F.)

 

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