Por: Rodrigo Fonseca | Especial para o Correio da Manhã

CRÍTICA / FILME / PEDÁGIO | Cancela da consagração

Pedágio | Foto: Divulgação

 

Homenageada no Festival de Toronto, no último dia 10 de setembro com o Tribute Awards, na categoria Talento Emergente, a diretora paulista Carolina Markowicz vem se tornando uma das mais encantadoras grifes autorais de nosso audiovisual na luta contra a homofobia, colhendo frutos de um sucesso iniciado com a conquista da Queer Palm, em Cannes, em 2018, com "Ó Órfão".

Ano passado, ela reinou em maratonas cinéfilas de vários cantos deste planeta com o tenso "Carvão" e, agora, repete o efeito - com mais premiações - com "Pedágio", candidato a sucesso... e a cult.

Maeve Jinkins tem um desempenho arrebatador no papel da mãe solteira, cobradora de uma cancela de estrada, que resolver submeter seu filho adolescente a um processo de cura gay. O rapaz é vivido por Kauan Alvarenga, estrela de "O Órfão".

Trata-se de um estudo sobre o ranço do fundamentalismo que cobra um preço alto de nosso processo civilizatório. O Brasil que nele reside é o da mãe solteira, chefe de família, responsável pelo sustento do filho. Para dar cabo da tarefa, ela enfrenta uma vida dura, sendo envolvida nas lábias da ilegalidade a cada ação.

Em outubro, "Pedágio" foi coroado pelo desempenho mesmerizante de Maeve e conquistou o cobiçado troféu Redentor do Festival do Rio nas categorias Direção de Arte (Vicente Saldanha); Atriz Coadjuvante (Aline Marta Maia); e Ator (Kauan).

 

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