O júri do Festival do Rio, presidido pela atriz argentina Mercedes Morán (de "O Pântano"), concedeu seu prêmio especial à jovem atriz Jamilli Correa, por "Manas", um relato de denúncia do abuso sexual infantil e juvenil no Norte do país. Mercedes e seu time atribuíram a láurea de Melhor Realização a Luciano Vidigal por "Kasa Branca", um comovente estudo sobre resiliências urbanas que se passa na Chatuba, em Mesquita.
Na Première Brasil do Festival do Rio, os longas-metragens documentais têm um par de troféus à parte para chamarem de seus. A láurea de melhor filme de não ficção ficou com "3 Obás de Xangô", de Sérgio Machado. Sua narrativa relembra a amizade entre o compositor Dorival Caymmi, o best-seller Jorge Amado e o artista plástico Caribé, uma trinca de orixás da Bahia.
O prêmio de melhor direção de narrativas documentais foi confiado a Gabriela Carneiro da Cunha e Eryk Rocha por "A Queda do Céu", lançado antes na Quinzena de Cineastas de Cannes. "Viva um cinema que sonha longe", comemorou Eryk no palco.
Construída nos moldes da mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes, de olho em propostas de linguagem transgressoras, a seção Novos Rumos consagrou uma belíssima trama de origem cearense sobre música: "Centro Ilusão", de Pedro Diógenes.
Nesta segunda, salas do Grupo Estação em Botafogo e na Gávea iniciam a Repescagem, uma mostra extra que dá chance à população local de ver alguns dos hits da programação integral, exibida de 3 a 13 deste mês. A boa pedida de hoje é "Império", comédia sci-fi que rendeu o Prêmio do Júri ao gaulês Bruno Dumont na Berlinale: passa no Gávea 2. Lá mesmo, rola o documentário "Misty - A História de Erroll Garner", de Georges Gachot, sobre um mito do jazz. A boa do Estação NET Rio é a projeção seguida de dois documentários do chinês Wang Bing feitos para sua trilogia "Juventude": "Tempos Difíceis" e "De Volta Ao Lar". Na quarta, há um título imperdível: o terror "Herege", com Hugh Grant, no Estação NET Gávea 5.