'Ainda Estou Aqui' faz história

Com indicação para Fernanda Torres, ‘Ainda Estou Aqui’ concorre às estatuetas de Melhor Filme e Melhor Filme Internacional na cerimônia de Hollywood, agendada para 2 de março

Por Rodrigo Fonseca | Especial para o Correio da Manhã

Fernanda Torres como Eunice

 

Desde 2020, quando o thriller sul-coreano "Parasita" ganhou quatro Oscars, a festa de maior prestígio da indústria do audiovisual não reserva tanta alegria para a produção feita fora dos EUA, sobretudo a brasileira, quanto se vê em 2025, quando o Brasil vai concorrer à estatueta em três categorias, à força do fenômeno "Ainda Estou Aqui". Pela segunda vez em 97 anos da premiação, o cinema brasileiro vai disputar a láurea de Melhor Filme, concorrendo na categoria mais prestigiosa e desejada da cerimônia da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. O sucesso de bilheteria de Walter Salles - visto por quase 3,7 milhões de pagantes em território nacional - entrou ainda no páreo de Melhor Atriz (via Fernanda Torres) e Melhor Filme Internacional. Antes dele, em 1986, "O Beijo da Mulher Aranha", de Hector Babenco (um argentino de Mar Del Plata radicado em SP), produzido pela paulista HB Filmes, concorreu ao Oscar principal da Meca do audiovisual, mas ganhou noutra seara, a de Melhor Ator (William Hurt).