Existem perguntas de um milhão de dólares. Mas existe uma de bilhões. Onde comer no Dia das mães? Resolvemos juntar todos os gostos, vontades e prazeres em um só movimento. Éramos três, cada um escolheu uma parte do percurso. Mamãe escolheu o drinque; João o principal e Chico a sobremesa. Assim, começamos cedo pelo Chanchada para as batidas; ao vizinho Polvo Bar e depois ao próximo La Villa.
O bar de Edu Araúo e Jonas Aisengart, do Quartinho Bar e do Pope Ipanema, se juntaram a Vinicius Bordalo (sócio no Pope), Bruno Katz (consultor dos pratos) e Rodrigo Vasconcellos para ter uma casa de boa comida, bebida gelada. Abrimos os serviços com batidas de coco queimado e tamarindo, no excelente tamanho de um copo americano. Ainda comemos o coração de pato no ponto da casa, croquete de costela e pastel de queijo com milho, que Chico me tirou a vez. Porque ser mãe é sofrer no paraíso.
Ao lado, o Polvo Bar, comandado por Monique Gabiatti, sergipana com alma carioca. Os filhos foram de cerveja, mas mamãe é louca por drinques. Mar Vermelho, releitura do Blood Mary com redução de ostras é extraordinário, temperado, apimentadinho e refrescante. Hot Pulpo, pão de leite, tentáculo de polvo, gremolata (raspas de limão, salsa e alho) e maionese de missô e batata frita. Um achado. Sempre Monique torna superior o comum. O caranguejo desfiado com farofa de milho, categoria melhor. A carne desfiada, úmida, temperada, com coentro suficiente e a farofa crocante na medida.
Andamos por Botafogo, até o La Villa para comer sobremesas. Grégoire Fortat e esposa atravessaram o Atlântico e os doces são os mesmos que se encontram nas melhores confeitarias. Gulosos, além do creme brulée - creme de leite, ovos, açúcar e baunilha, com uma crosta de açúcar queimado com um aguardente por um maçarico, pedimos a seleção café gourmand com mini sobremesas. Final perfeito para um domingo de sol, céu azul e que transforma todo dia em Dia das Mães, dos filhos e de quem se ama.