A tríplice coroa nos esportes é um título não oficial dado a uma equipe ou esportista que conquista três importantes títulos na mesma temporada ou em certa sequência. No meio do marasmo invernal temos as sequências previsíveis de fondue... Até que se chega no Páreo. Noite linda, lua cheia, a vista para o Cristo e para as pistas do Jockey.
Para começar, antes de se pedir qualquer, chega o chef Marcones Deus. Baiano, porreta, arretado e sofisticado. Marcones é de Senhor de Bonfim, no sertão do São Francisco, com sobrenome Deus, o que só pode resultar na alta qualidade da cozinha que faz. Essa gastronomia diferente, de sabores equilibrados, com a presença brasileira, fazem da experiência dos fondues algo superior.
Começamos pelo de queijo, Emmental francês e Gouda holandês, os melhores, com acompanhamentos inovadores, daqueles que se diz "como não pensei nisso?" O aipim vem em cubos perfeitos, levemente frito para a casca ficar crocante, aipo, cenoura e brócolis crus. E nem olhamos para o pão, que estava também no ponto.
O file mignon perfeito, os molhos dos melhores e a batata rostie super generosa, com os pedaços igualmente ralados, o bacon e a cebola com a necessária discreta presença. Agora, o salmão é absoluto, se mergulha no óleo quente - aliás o réchaud é um bujãozinho de gás que mantém o óleo quente e não oferece qualquer perigo. A imersão é rápida, o suficiente para o panko chegar ao ponto. Há que se voltar e repetir.
O chocolate veio com framboesas frescas, morango, melão e como a música tudo se mistura com banana. Depois de saborear tudo, trocarmos receitas e muita conversa com Marcones, eu e Ivan, aquele que me acompanha por Europa, França e Bahia, e concluímos que a brincadeira é verdadeira. Baiano não nasce, estreia. E o chef Marcones inaugura um novo tempo para os fondues. Melhores.
SERVIÇO
PÁREO
Rua Mario Ribeiro, 410 - Gávea - Jockey Clube Brasileiro
De terça a domingo a partir das 18h