CRÍTICA RESTAURANTE - CAJU GASTROBAR: Vem chegandoo verão
Um dos mais queridos amigos, o grande jornalista Carlos Lemos, tinha a receita de um sábado perfeito. Uma prainha, feijoca, soneca, um cineminha. E o resto por conta de cada um, pois uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outro coisa. Um sábado recente, desses com o sol fresquinho, fomos eu e Teresa que adora feijoada para comer travessas de couve, fomos a convite de Raquel e Carmem, as eficientes assessoras da Docummenta, comer a Feijoada do Caju Gastrobar, comemorando cinco anos.
Somos cariocas raiz e adoramos um samba, porque somos daquelas que dançam com o carrinho de supermercado. Ao som de nossos melhores, começamos pelos drinques e salgadinhos. Fomos de Melanina Carioca, ótima mistura de destilado de grãos maltados, mel, limão e finalização com farofa de mel. E para lembrar as tardes de cinema, provamos a batida, com xarope de pipoca e iogurte natural. Os dois se juntaram com perfeição à etapa seguinte.
Gostamos de beliscar e repartir. Vieram os salgadinhos - nada mais carioca - Vaca Louca, Rabicó, Bolinho de Bacalhau, CoxaBamba e Croque de Carne, os nomes criativos se adequam ao diferencial dos temperos das carnes, ao ponto da fritura, crocâncias com recheios cremosos. Não resistimos ao pastel de Moela de Pato, com o miúdo bem partidinho, cozidos, quase uma pasta de ótimo sabor.
Chegou aquela à que viemos. A feijoada é uma porção generosíssima que três pessoas compartilham com facilidade. A couve fresca e bem refogada, as carnes de boa qualidade, nada de gorduras excessivas, o feijão cremoso, temperado, o torresmo se misturando, o arroz branco solto e a farofa na medida. Vai-se devagar, coloca-se a pimenta, sente-se o feijão, os sabores.
De sobremesa, o pastel de doce de leite, comprido coberto de açúcar com canela e o criativo Brigadeiro de colher com flor de sal. Samba daqui, samba de lá, fãs incondicionais de Chico Buarque, saímos cantando "Feijoada Completa", pois melhor sábado não há.
SERVIÇO
CAJU GASTROBAR
Praça Demétrio Ribeiro, 97 - Loja C Copacabana.
De segunda a quinta, domingos e feriados (11h30 à 0h) | sextas e sábados (11h30 à 1h)