CRÍTICA / BARES: Antes que chegue o Natal
Comemorar a vida sem amigo oculto, ho!ho!ho!. Encontramos um caminho. Só percorrer algumas quadras em Botafogo, provar os incríveis petiscos do Prêmio Botecar e não perder a pizza sazonal da Officina Local.
Começamos fim de tarde, hora morna, eu e Fernando, bom companheiro de copo e de comida pelo Bar Maravilha, buteco raiz, com Elizabeth honrando a ancestralidade mineira. O petisco, homenagem ao carnaval de rua do Ri, chama-se Vem Cá, Minha Flor (couve-flor empanada no tempura, finalizada com molho tonkatsu e parmesão). A massa tem segredos, que não daremos spoiler, é crocante, macia e a couve flor suculenta. Fomos também na torresmo, longo tempo de preparo, casca pururuca, carne macia, tempero perfeito, sal no ponto. E somos família pastel. Crocante, recheio de queijo para se xuxar na goiabada e o de carne no iogurte.
Dali partimos para o Porco Amigo de Dudu Gomes e o petisco especialmente criado para o festival acerta em duas medidas. A comunicação diferenciada, com as brincadeiras no envelope - só vimos algo semelhante com o craque Jefferson Rueda. A do Porco Amigo nos fez gargalhar. O petisco é o Conversa de Botequim (carne de sol de porco curada com creme de queijo coalho, picles de abóbora e torradas de pão francês com manteiga). A carne é fria, super bem temperada, pedaços micro e o picles de abobora firme de cortar. E com prazer, nos levantamos e pagamos a despesas.
Para se despedir do seu vizinho João Padeiro, Guillardo Rocha, o pizzaiolo mais criativo do Rio, e dos melhores melhores, reformulou a sua Bologna. A nova versão da pizza de mortadela e pistaches, com mortadela artesanal cuidadosamente feita pelo Pedro Attayde, do Cochon Rouge, Molho bechamel, queijo scamorza defumado, queijo canastra, mortadela Cochon Rouge, pesto de manjericão, pistaches e o toque especial: o pão do João Padeiro, transformado em um crocante e delicioso pangrattato. E ser desejo de Ano Novo que não saia do cardápio.