Feira de Frankfurt expande fronteiras

Maior feira literária do mundo abre espaço para autores asiáticos, mas sem fugir do debate sobre a questão palestina

Por Walter Porto (Folhapress)

Defensora ferrenha da liberdade de expressão em seu país, a turca Elif Shafak (acima) é destaque na programação da feira alemã

A Feira de Frankfurt, maior evento literário do mundo, começou nesta terça-feira (15) com um olho na Itália, o país convidado de honra, e outro na Ásia, que pela primeira vez terá um palco próprio para exibir seus autores e promover debates específicos sobre a região.

O timing não poderia ser melhor, já que a sul-coreana Han Kang acaba de se tornar a primeira autora de seu país a receber o Nobel de Literatura - com uma carreira desenvolvida sem se afastar de suas raízes culturais. Isso pode apontar para um deslocamento dos olhares de um mercado ainda muito eurocêntrico à região, o que já vem acontecendo, por exemplo, na música pop e no cinema de prestígio. A feira é o maior balcão de negócios literários do mundo, marca incontornável no calendário dos principais editores e agentes literários de todos os continentes -além, claro, de reunir autores estrelados.