A Bienal do Livro do Rio de Janeiro, em 2025, vai congregar literatura e parque de diversões, ocupando de 13 a 22 de junho um espaço maior no mesmo endereço da edição anterior, no Riocentro, complexo na zona oeste da cidade.
As informações com mais detalhes sobre a programação foram divulgadas na útima sexta-feira (22). Com a incorporação de um quinto pavilhão do Riocentro, a Bienal passa a ocupar 120 mil metros quadrados, contra 90 mil da edição de 2023. Já o público esperado é similar, de 600 mil pessoas.
O ano de 2025 marca o Rio como a Capital Mundial do Livro, a primeira cidade de língua portuguesa escolhida pela Unesco para essa posição. O incremento no tamanho e na experiência da Bienal, o evento literário mais importante do calendário carioca, vem para fazer jus ao título - e inclui no projeto até uma roda gigante.
Chamada de "Leitura nas Alturas", a proposta terá decoração inspirada em livros, personagens literários e os visitantes poderão escutar trechos de audiolivros tocados durante passeio.
O parque também terá um "Labirinto de Histórias" e um escape room temáticos de literatura. Na Bienal do Livro de São Paulo, que aconteceu neste ano, a Livraria da Vila também criou, em parceria com a Escape60, uma sala de enigmas que viu grandes filas em todos os dias do evento.
"O Riocentro vai se transformar em um verdadeiro parque de diversões do universo literário, mostrando que o livro vai muito além da cultura e da educação", afirma Tatiana Zaccaro, diretora da GL Events Exhibitions, que realiza a Bienal do Livro Rio junto com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros.
Também continuarão espaços tradicionais como Café Literário e Praça da Leitura, além de autores famosos nos principais palcos - nenhum convidado internacional foi divulgado, mesmo com a data antecipada da Bienal.
A Bienal do Livro Rio acontecerá mais cedo do que o normal, em junho, quando costuma ter lugar em setembro. A data é praticamente a mesma da Feira do Livro, que acontecerá pelo quarto ano na praça Charles Miller, em São Paulo, de 14 a 22 de junho.
A coincidência incomodou editoras, que dependem de uma única equipe para organizar todas as suas participações em eventos literários. Dante Cid, presidente do Snel e responsável pela Bienal, se limitou disse à época do anúncio ter "receio de que a coincidência de datas prejudique a logística" das editoras.