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Alfamor repagina álbum em formato dub

Alfamor: nova versão para 'Onça' | Foto: Thais Silvestre/Divulgação

Após três anos do lançamento de seu primeiro álbum, a multiartista Alfamor retorna com uma renovada roupagem para o elogiado "Onça". A união criativa com o produtor musical Vini Albernaz deu origem a um trabalho que incorpora sons ancestrais e futuristas em uma viagem sonora repleta de camadas.

O álbum original, lançado em 2020, foi um marco na trajetória de Alfamor. Tanto que, na lista de faixas, aparecem nomes tarimbados, como Mateus Aleluia, Mãeana, Bruno Capinan e até a dupla argentina Perotá Chingó. Primo próximo do dub, o reggae já aparecia entre as influências, unindo também tons de pop, música latina e rock.

"Onça" se tornou o desdobramento musical de uma criadora plural e versátil. Paola Alfamor é uma artista multi-disciplinar com uma carreira de mais de 10 anos, envolvendo diversas expressões, como arte visual, fotografia, videomaker e tatuagem ponto a ponto.

Sua música é influenciada por suas experiências em outras formas de arte e aborda temas íntimos à mulher contemporânea. Além de sua carreira solo, Paola participou de projetos como a banda Kayab em Porto Alegre e o grupo Xanaxou no Rio, onde atuou como cantora, compositora e percussionista.

A necessidade de apresentar seu projeto em uma feira de música em 2022 foi o que levou Alfamor a convidar Vini Albernaz para uma conversa informal, onde compartilhou seu surto criativo emergencial. Em poucos dias, as novas versões de "Onça" estavam prontas para serem lançadas ao mundo, mostrando que Vini e Alfamor têm uma estética musical similar.

Com quatro canções cuidadosamente selecionadas, o projeto incorpora elementos sonoros diversos, criando uma viagem completamente nova. Estão presentes interpretações completamente repaginadas de "Sábado Sangue", "Alfa", "Morada" e "Semente", alguns dos destaques do "Onça" original.

As faixas exploram ruídos, beats orgânicos, melodias latinas e mellotrons, que se combinam em uma mistura intrigante. Alfamor também traz influências urbanas, resultado de seu retorno a São Paulo após um período em Salvador, sem perder as sutilezas que sempre permearam sua conexão mística e espiritual com a música. A finalização do EP traz um toque analógico, com a master processada na fita k7, ressignificando as referências do dub e flertando com elementos das décadas de 80 e 90.

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