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Rosana , a Deusa, retorna (empoderada no soul e R&B)

Rosana lança o álbum Feitiço | Foto: Divulgação

Transitando com propriedade entre o pop/soul, o R&B e a disco music, Rosana está de volta ao mercado fonográfico após 20 anos. A cantora que emplacou sucesso atrás de sucesso nos anos 1980 e 1990 exibe suas habilidades vocais em "Feitiço", álbum ousado e empoderado já disponível nas plataformas digitais via Selo Poliphonia.

Fazendo alusão a outras lendas da música, a cantora entrega fraseados impecáveis em músicas como "Wonder Woman", presente inédito de Gabriel Moura, Cris Delanno e do querido e saudoso Alex Moreira: "Ser Wonder Woman todo santo dia/ Juro que é difícil demais/ Pode crer que uma super-heroína/ Não tem um segundo de paz". Em "Setembro", a cantora convida Zeca Baleiro para evocarem o melhor de seus universos musicais. A balada soul, de autoria de Baleiro e Wado, é uma viagem no tempo da saudade.

A dançante "Eu Bem Que Te Avisei" (Sergiopí/Bombom), traz feat do filho rapper Fiengo e foi lançada durante a pandemia. O single ganhou clipe dirigido por Henrique Alqualo. "Um Tempo Pra Nós Dois", inédita de Hyldon e Michael Sullivan, é um audacioso chill trap para ser ouvido em modo repeat, enquanto a inventiva releitura de "Cidadã do Mundo" (Claudio Rabello/Torcuato Mariano), canção originalmente lançada no álbum Onde o Amor Me Leva", de 1989, coloca Rosana em um cenário vanguardista.

Mantendo a excelência vocal, Rosana brilha na faixa-título (Cris Braun/Leoni) e "Menos Carnaval" (Cris Braun/Alvin L), pré-produzidas ao vivo (take único) no estúdio e trazem elementos do soul clássico apimentados com tempero pop. As sessões contaram com o auxílio luxuoso do piano do saudoso músico Lulu Martin.

Fechando o cardápio musical, Rosana abre parceria com Sergiopí no interlúdio "Faz um Papapa" e em "So Beautiful, Pt. 1", brisa nostálgica que encerra o álbum com jeitão de spoiler para uma sequência.

Todas as vozes e overdubs do álbum foram executados pela cantora com direção de Sergiopí, que produziu as faixas com parceiros como Hiroshi Mizutani (teclados, programações), Bombom (baixo elétrico, guitarras, efeitos) e Jair Donato (guitarras, programações), com exceção de "Setembro", arranjo de Wado e Donato. Diogo Macedo tocou bateria, e Tuta Macedo gravou, mixou e masterizou.

"Ser artista mulher nesse país, por si só, já traz muitas dificuldades. Muitas vezes temos que aguentar julgamentos e injustiças. Coisas que não acontecem no cenário masculino. Essa é a pior parte. A parte boa é o carinho que a gente recebe dos fãs. É a força que nos dá ânimo para seguirmos em frente. É quando a gente sente que todo o sacrifício valeu a pena", desbafa.

Ganhadora de vários prêmios da indústria, entre eles cinco como melhor cantora, oito discos de ouro e dois de platina, Rosana teve hits no topo das paradas em toda América Latina, Portugal e Espanha, se tornando um fenômeno. Marcou uma geração com clássicos como "Nem Um Toque", "Custe O Que Custar", "Direto No Olhar" e "Vício Fatal", mas foi com o "O Amor e o Poder" que Rosana passou a ser reconhecida como a "deusa" da música brasileira.

 

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