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Beck e seu caldeirão sonoro em constante ebulição

Beck nunca repetiu fórmulas entre um álbum e outro | Foto: Divulgação

Um dos artistas mais camaleônicos do ponto de vista musical, Beck apresenta neste sábado (2) no Vivo Rio o show de sua turnê "Hyperspace", mesmo nome de seu álbum mais recente.

Como sugere o nome do trabalho, Beck viajou anos-luz desde seu surgimento como um porta-voz relutante de uma geração quando o single "Loser" explodiu de uma demo rejeitada em 1992 para um mega sucesso dois anos depois, sendo disputado a tapa pelas principais gravadoras.

Mas o início de Beck na música não tem nada a ver com um conto de fadas. Filho de atriz e músico, cresceu num ambiente que incentivava o seu interesse pelas artes e claro, por música, especialmente folk e blues. O caldeirão de influências que delinearia sua carreira ia tomando forma enquanto ele seguia batalhando em empregos de segunda categoria e morando de favor em casas de amigos.

Depois do sucesso, explorou todos os gêneros e épocas da música, ultrapassando fronteiras e abrindo caminho para o futuro enquanto vasculha o passado.

Começando com sua estreia em 1994, com "Mellow Gold", a evolução criativa de Beck sempre progrediu em um ritmo exponencial. Do cultural de "Odelay" (1996) ao mundial "Mutations" (1998) e ao funk de "Midnite Vultures" (1999); do sombrio "Sea Change" (2002), ao tour de force "Guero" (2005); do extenso "The Information" (2006); do aclamado "Modern Guilt" (2008), do premiado "Morning Phase" (2014) à explosão eufórica de "Colors" (2017) e seu "Hyperspace" (2019).

O fato é que nenhum disco de Beck jamais soou como seu antecessor.

SERVIÇO

BECK - HYPERSPACE

Vivo Rio (Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo)

2/12, às 21h

Ingressos a partir de R$ 190

 

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